Após dois anos de pandemia, consumidores priorizam viagens a outras atividades de lazer, mas relatam frustração na hora de comprar, segundo estudo encomendado pela Travelport, conduzida pela Toluna Research. Divulgado pela Phocuswire, o levantamento contou com a participação de mais de 2 mil entrevistados de sete países (EUA, Reino Unido, Austrália, Hong Kong, Índia e Emirados Árabes Unidos).

Como parte da pesquisa, os participantes tiveram que escolher quais atividades e produtos deixariam de consumir para poupar dinheiro para uma viagem. Do total de entrevistados:

  • 71% renunciariam a shows
  • 64% abdicariam de tratamentos de spa
  • 63% abandonariam o cinema
  • 60% deixariam de comprar roupas novas
  • 51% desistiriam de praticar esportes

Para a diretora de Marketing da Travelport, Jen Catto, embora os anos de pandemia tenham sido um desafio, a indústria global de viagens recuperou mais da metade de suas atividades até o final de 2021. “Se essa tendência continuar na mesma trajetória, pode chegar a 85% de recuperação até o final deste ano. O desejo reprimido de viajar é forte. Nossos últimos resultados da pesquisa demonstram isso claramente, destacando o quanto as pessoas estão dispostas a abrir mão de algumas atividades para viajar novamente”, complementa.

Frustração nas buscas

Por mais que o desejo de viajar seja grande, inclusive entre brasileiros, como revelou uma recente pesquisa da Hibou, o processo de compra não satisfaz os consumidores. Cerca de 43% dos norte-americanos afirmaram que reservar viagens não é agradável, ainda que 95% aleguem gostar de sair de férias.

Mesmo que viajar se encontre entre as atividades preferidas de muitos, a experiência de compra do setor fica atrás de roupas, eletrônicos e restaurantes. Vale dizer que não é uma questão geracional, dado que 25% dos entrevistados da Geração Z concordam que o processo de pesquisar, comparar e reservar ofertas de viagens é exaustivo.

Para a diretora, é crucial que o setor ouça seus clientes neste momento de retomada. “Agora é a hora de ajustarmos a oferta de viagem, colocando a conveniência do consumidor, a experiência digital e a variedade de opções acima de tudo. Ao restaurar a clareza, a confiança e a diversão nas compras de viagem, podemos aumentar a confiança, gerar mais negócios e inspirar a verdadeira lealdade – a referência do varejo moderno de sucesso.” conclui a executiva.

(*) Crédito da imagem: Pamjpat/Pixabay