Como os hábitos do consumidor podem ajudar a hotelaria a antecipar tendências?
23 de setembro de 2024Compreender os hábitos do consumidor de forma abrangente permite que os profissionais de hospitalidade prevejam as necessidades dos clientes, se mantenham à frente das tendências e promovam a inovação. Recentemente, a HSMAI discutiu como análises e pesquisas de mercado de outros setores podem ajudar a entender as mudanças nas preferências dos clientes.
Esse conhecimento permite que os profissionais aprimorem seus serviços, ajustando-se às expectativas em constante mudança. Informações mais amplas, como dados de tráfego aéreo e indicadores macroeconômicos, também podem ser utilizadas para prever a demanda no setor de hospitalidade. Além disso, informações de voos ajudam a orientar as estratégias de marketing. Ferramentas de previsão de tendências fornecem insights sobre os hábitos do consumidor em empreendimentos lifestyle ou na parte de A&B, por exemplo.
As mudanças nos hábitos do consumidor também impactam o design de plataformas digitais e a funcionalidade de reserva de hotéis. Atualmente, dispositivos móveis são a principal ferramenta de reservas, e os clientes estão cada vez mais focados em experiências e preços competitivos. Assim, esses ambientes precisam ser personalizados para atender aos hóspedes de acordo com sua etapa no processo de compra. Uma das estratégias apontadas anteriormente pela HSMAI é o uso do e-mail marketing como uma nova fonte de receita.
Compreender essas preferências é essencial para que os hotéis tomem decisões estratégicas e aprimorem a experiência dos visitantes. Por exemplo, as colaborações com marcas de moda e experiências gastronômicas diferenciadas são tendências em alta. Tais parcerias, alinhadas ao perfil do hotel e de seus clientes, atraem novos hóspedes e elevam a qualidade da estada.
Novos fluxos de receita e tendências emergentes
O conhecimento sobre o comportamento do consumidor, em constante transformação, pode ser aproveitado para explorar novos fluxos de receita, com destaque para a crescente demanda por serviços de bem-estar, práticas sustentáveis, tecnologias avançadas e serviços personalizados.
A busca por “terceiros espaços”, locais de convivência comunitária, representa outra oportunidade para os hotéis atenderem às novas exigências dos clientes. Dados apontam que, entre 1976 e 2019, a solidão entre jovens adultos aumentou quase todos os anos. Com o crescimento das horas dedicadas ao trabalho e à redução das interações sociais para o ambiente virtual, mais pessoas estão enfrentando a ausência de uma rede social ou comunidade.
O setor de hospitalidade pode preencher essa lacuna, criando espaços de encontro em suas propriedades. Hotéis podem oferecer ambientes que incentivem a convivência, como áreas de trabalho compartilhado, promovendo a interação entre os hóspedes e a comunidade local. Além de melhorar a experiência dos clientes, isso também gera receitas adicionais com a venda de alimentos e bebidas e fortalece o reconhecimento da marca.
Reflexões para você e sua equipe
Para ajudar você, hoteleiro, a HSMAI elencou alguns insights importantes para estimular reflexões e, consequentemente, mudanças de estratégia.
- Como as análises e pesquisas de mercado de outros setores podem ser usadas para entender as mudanças nas preferências dos consumidores? De que forma esses insights podem ser aplicados para aprimorar as ofertas de hospitalidade e atender melhor aos desejos dos clientes?
- Como as preferências dos consumidores em relação à reserva de hotéis estão mudando, e de que maneira as plataformas digitais estão influenciando essas escolhas?
- Existem oportunidades para colaborações ou parcerias entre hotéis e outros setores em espaços de tendência para atrair novos públicos?
- Como os hotéis podem explorar novos fluxos de receita, com base em tendências como bem-estar, sustentabilidade, tecnologias inteligentes e serviços personalizados?
- Com a crescente solidão entre jovens adultos, que oportunidades surgem para a hospitalidade no fornecimento de espaços de convivência e integração comunitária?
(*) Crédito da foto: Freepik