Mantendo o ritmo de crescimento retomado em junho, a ICF (Intenção de Consumo das Famílias) teve alta de 2% em julho. Segundo dados apurados pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o indicador chegou a 68,4 pontos, o maior patamar desde abril de 2021. O resultado ficou 3,5% acima da média do registrado no mesmo período do ano passado, mas segue abaixo do nível de satisfação (100 pontos).

“A maior confiança das famílias na estabilidade da tendência positiva do mercado de trabalho, assim como a disponibilização do auxílio emergencial e uma maior parcela da população já vacinada favoreceram as condições de consumo”, afirma José Roberto Tadros, presidente da CNC.

Assim como no mês anterior, todos os subíndices da pesquisa registraram resultados positivos, com destaque para o que mede a Perspectiva de Consumo, que cresceu 5,1% na comparação com junho, subindo a 66,8 pontos. O item foi o que apresentou o maior crescimento no mês e revelou melhora na percepção dos brasileiros em relação a compras futuras. “A expectativa das famílias é que esse ambiente econômico mais positivo percebido no curto prazo se prolongue para o longo prazo”, indica Catarina Carneiro da Silva, economista da CNC responsável pela pesquisa.

O Nível de Consumo Atual também melhorou (+2,2%), alcançando o maior patamar desde março deste ano (53,1 pontos). “Esse avanço foi resultado da melhora nas condições de consumo, com redução no percentual de famílias que consideram o seu consumo menor (59%, contra 60,3% no mês passado e 62,6% em julho de 2020) e crescimento ainda mais intenso do que no mês anterior (+4,7%) na percepção do momento para compra de duráveis”, aponta Catarina.

CNC: bens duráveis

Apesar de permanecer como o menor indicador em julho, o Momento para Compra de Duráveis – que avalia o que os consumidores pensam sobre a aquisição de bens como eletrodomésticos, eletrônicos, carros e imóveis – atingiu o maior patamar desde o último mês de abril e cresceu de forma ainda mais intensa do que no mês anterior (+4,7%), chegando a 40,8 pontos. Na esteira desse avanço, houve redução do percentual de famílias que acreditam ser um momento negativo para compras desse tipo de produto: 77,2%, abaixo dos 77,7% do mês anterior e dos 78% de julho de 2020.

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