cnc- icfICF chegou a 99,3 pontos em fevereiro

No mês passado, a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) registrou maior índice de ICF (Intenção de Consumo das Famílias) desde janeiro de 2015. Em fevereiro, o indicador voltou a subir, atingindo maior nível desde abril de 2015, marcando 99,3 pontos.

Com o ajuste sazonal, a ICF apresentou um aumento mensal de 1,2%, mostrando recuperação após duas quedas consecutivas. O crescimento no comparativo anual foi de 0,8%. Segundo José Roberto Trados, presidente da CNC, o desempenho do índice neste mês aponta uma recuperação gradativa do consumo, ancorada em fatores econômicos, como a redução do desemprego e o aumento das contratações líquidas, além da taxa inflacionária baixa. “Os brasileiros estão mais confiantes com a atividade econômica em 2020, aumentando, assim, sua intenção de consumir tanto no curto quanto no longo prazo”, ressalta.

CNC: Emprego e renda

Os indicadores referentes a emprego e renda se destacaram na pesquisa. Grande parte dos entrevistados (39,1%) se sente mais segura em relação ao seu emprego atual, atingindo o maior percentual desde abril de 2015 (40%). Com 119,9 pontos, este foi o subíndice que obteve a melhor pontuação em fevereiro, entre os considerados pela pesquisa. Já as avaliações positivas em relação à renda atual acumularam 38,1% das famílias, ajudando o item a atingir 114,6 pontos e chegar a seu melhor desempenho desde maio de 2015.

Na esteira de emprego e renda, melhoraram também os indicadores de condições e perspectivas de consumo. O acesso ao crédito impulsionou o desempenho positivo, com 32,1% das famílias indicando que comprar a prazo está mais fácil – o maior percentual desde junho de 2015. O item foi o que mais registrou aumento no comparativo mensal (+4,3%) e anual (+6,7%), alcançando 95,4 pontos, seu maior nível desde maio de 2015.

Especificamente em relação à perspectiva de consumo, destaque para o crescimento mensal de 3,1% – após duas quedas seguidas. “A percepção de consumo dos brasileiros superou, pela primeira vez desde março de 2019, o nível de 100 pontos, evidenciando satisfação com as expectativas de consumir”, afirma a economista da CNC responsável pelo estudo, Catarina Carneiro da Silva, lembrando que, pela primeira vez desde fevereiro do ano passado, a maior parte das famílias acredita que vai consumir mais no futuro.

(*) Crédito da foto: Michael Jarmoluk/Pixabay