Mesmo com o esvaziamento das demandas de eventos, o Club Med não apenas se manteve firme e forte durante a crise, como também espera um segundo semestre de recordes históricos em suas unidades no Brasil. Os três empreendimentos da rede estão com 80% de ocupação, dentro das restrições de capacidade permitidas de 50%, de acordo com decretos municipais e estaduais de cada região. E as expectativas para os próximos meses são as melhores possíveis.

E o bom desempenho em ocupação vem de um ano pra cá. Desde setembro de 2020, quando todos os resorts já estavam abertos, o índice chegou a marca de 95% dentro da capacidade. No período, o Club Med ainda observou o ganho de 70% em novos clientes.

“Diante desses dados, nossa expectativa é cada vez mais uma aceleração no turismo doméstico, mas também uma retomada do turismo internacional, especificamente para a região do Caribe, onde o Club Med está presente com resorts em Cancún e Punta Cana e que já estão com fronteiras abertas para brasileiros”, pontua Janyck Daudet, CEO Club Med para a América Latina.

Ao longo de 2021, a rede de resorts vem performando com ocupações que giram em torno dos 70% e 80%. Para Daudet, a expertise internacional e os espaços amplos são alguns dos fatores que atraem os clientes no momento das reservas. “São atributos que o cliente dá preferência na hora de programar uma viagem, mesmo que seja durante a semana, para trabalhar remotamente, mudando de ares, por se sentir seguro em um local sem aglomerações e com a certeza que uma marca voltada para famílias, como a nossa, trata a segurança e o cuidado com os protocolos essenciais de forma muito séria”.

Apesar dos impactos da segunda onda, que levaram ao fechamento do Club Med Lake Paradise, em São Paulo, durante um mês, quando o estado entrou na Fase Vermelha, a rede superou os resultados pré-pandemia. “No primeiro semestre deste ano, apesar da segunda onda, tivemos um resultado de cerca de 50% superior ao mesmo período de 2019”, revela o CEO.

Dentre as unidades operadas no Brasil, o Club Med Rio das Pedras (RJ) foi destaque na campanha Hot Sales, realizada em agosto de 2020. O empreendimento teve desempenho de 44% do total de vendas e de 39% na Black Friday do ano passado.

Club Med - janyk

Daudet: reputação da rede foi diferencial

Club Med: estratégias e campanhas

A rede entrou na crise com um modelo de negócios consolidado no mercado, com crescimento rentável e fluxo de caixa positivo, garantido por um empréstimo tomado junto aos bancos franceses e pelo aporte do Grupo Fosun, acionista da empresa. Para se ter uma ideia da robustez financeira, em janeiro de 2020, pouco antes da chegada da pandemia, o Club Med teve aumento de 19% em valor de mercado comparado ao mesmo período em 2019.

“No consolidado de janeiro a março de 2020, comparando com o ano anterior, também crescemos 33% em valor de mercado. Entrar em 2020 com este cenário nas receitas permitiu avaliar a melhor estratégia para o momento de contenção e em qual área direcionar investimentos assertivos, que no caso foram para a implementação dos nossos protocolos de higiene e segurança em vigor em todos os resorts”, explica Daudet.

Vale ressaltar também o êxito das campanhas de vendas promovidas em 2020 a partir de agosto. A Hot Sales, que oferecia condições especiais para resorts no Brasil e Caribe, obteve resultados recordes. Em apenas quatro dias, foram vendidos R$ 30 milhões.

“Na campanha home office, iniciada em setembro, que oferecia condições especiais de domingo a quinta-feira para a realização do home office nos resorts Rio das Pedras e Lake Paradise, alcançamos 236% a mais de vendas para dias de semana no comparativo 2020×2019. E a Black Friday Club Med (novembro) que, em 2020, representou um aumento de 147% em vendas em relação a 2019”, revela o executivo.

Novas perspectivas

O modelo de negócio do Club Med, que tem parte de sua receita oriunda do turismo de eventos, sejam eles corporativos ou sociais, prevê uma retomada a partir de 2022 nas ações de negócios, já com algumas datas reservadas. No caso do lazer, a demanda por casamentos vem crescendo nos últimos meses.

Em agosto, a rede lançou uma parceria com o Grupo Bisutti para a criação do Chez Bisutti Club Med Lake Paradise, uma área de eventos dentro do resort focada em destination wedding. “Os investimentos no espaço foram iniciados em setembro do ano passado e o lançamento das vendas foi feito nesse mesmo período. Já temos mais de 80 casamentos confirmados para os próximos meses, o que traz um pouco da boa resposta e da expectativa de todos para a retomada dos eventos de diferentes perfis”, diz Daudet.

Para recuperar os índices de 2019, a rede aposta nas vendas domésticas e na campanha Fly & Ski, com foco em condições especiais para os resorts de neve na Europa e Canadá. Outra fator que gera otimismo são as demandas familiares de alto padrão, que serão as primeiras a retornarem.

“Além disso, apesar da crise, o Club Med tem um plano de desenvolvimento dinâmico. Para alcançar a recuperação, podemos nos beneficiar da qualidade do serviço oferecido nos cerca de 70 resorts espalhados pelo mundo. A força do Club Med também está no seu modelo operacional diverso, com resorts espalhados por diferentes regiões do mundo, entre destinos de montanha e mar, e proximidade de grandes centros, como é o caso do Club Med Lake Paradise  e Rio das Pedras. Esta presença global, aliada à forte reputação da marca, ajuda a mitigar os efeitos econômicos e geopolíticos”, acrescenta o CEO.

No segundo semestre, o Club Med também inaugura 4 novos resorts: Club Med Seychelles , Club Med Quebéc Charlevoix , Club Med Lijiang e Club Med Joview Tangshan.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Club Med