Estudos recentes sobre o setor hoteleiro apontam que o canal direto das companhias cresceu em regiões onde lockdowns e medidas de restrições foram flexibilizados. A razão para isso, segundo os relatórios, está na confiança dos consumidores nos hotéis antes da pandemia e a consulta dos usuários aos sites dos empreendimentos para checar protocolos de segurança sanitária no começo da pandemia. As informações são da Phocuswire.

Um percentual maior de participação do canal direto nas vendas é algo historicamente perseguido por empreendimentos hoteleiros de todos os portes e, de fato, a pandemia proporcionou aumento em muitos casos. No entanto, isso tende a continuar no mundo sem a Covid-19? Essa é uma pergunta difícil de responder, mas é certo que, para tornar realidade, hoteleiros do mundo todo precisarão buscar novas soluções.

Uma das estratégias utilizadas pelos hotéis também incluía fidelizar o cliente por meio dos dados concedidos às OTAs. Transferi-lo para o próprio canal de relacionamento e distribuição é um caminho já conhecido que dá frutos agora.

Mesmo a ajuda das agências de viagens online a respeito do volume de reservas sendo inegável, a busca dos hotéis por uma maneira independente de ampliar a distribuição se intensificou, principalmente com a crise atual. A comissão de dois dígitos paga aos intermediários, segundo os estudos, é um dos fatores mais importantes para isso.

Reservas diretas: fortalecimento

Existe uma tese de que, uma vez encerrados os processos de retomada e demanda reprimida, a forma de reservar voltará ao normal. Com isso e a incerteza sobre a “sobrevivência independente” da hotelaria, quanto tempo os hotéis têm para tornar a reserva direta mais que um hábito da pandemia? Os especialistas citam que a retomada se inicia nos próximos meses e, no mais tardar, durante o início de 2022.

O levantamento, então, apresenta a fidelização como peça-chave à reconstrução da jornada do consumidor — ou do hóspede. Este caminho deve começar no âmbito online (canal direto) e na própria estada.

A exclusão das OTAS, claro, não é uma opção. Como já dito, a participação de empresas como Booking e Expedia, por exemplo, faz parte da popularização de viagens e empreendimentos na configuração que conhecemos hoje. O que se espera, porém, é um maior equilíbrio de ganhos entre os dois lados.

(*) Crédito da foto: Proxyclick/Unsplash