Belo Horizonte acaba de dar um grande passo rumo à retomada total, após dois anos de pandemia. Isso porque um decreto municipal publicado nas primeiras horas de hoje (28) retira a obrigatoriedade do uso de máscaras. Agora, a utilização do item de proteção passa a ser opcional em ambientes fechados e abertos, segundo divulgado pelo G1.

Apesar de a medida – também adotada em outras regiões do Brasil – sinalizar tempos melhores, o decreto contém ressalvas que visam a segurança da população. Com isso, o uso obrigatório de proteção fácil fica mantido em ambientes como estabelecimentos de saúde, ônibus, metrô, estações de embarque e desembarque, e transporte escolar.

Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte afirmou que poderá reconsiderar a utilização do item em situações e estabelecimentos específicos. Além disso, o órgão solicita que responsáveis por estabelecimentos da capital mineira acompanhem os protocolos publicados pela prefeitura, e que o descumprimento de quaisquer normas poderá resultar em cassação do alvará de funcionamento.

Impacto na hotelaria e eventos

Maarten Van Sluys, CEO da MVS Consultoria Hoteleira, vê a decisão com bons olhos. “É um rito de passagem importante, principalmente sob a perspectiva da hotelaria e dos eventos. Sem o uso das máscaras, os contatos e atendimentos ficarão mais humanizados. Ou seja, é um momento que tem efeito não só prático, mas também simbólico”, afirmou em entrevista ao Hotelier News.

O executivo pontua também que, apesar da medida, muitas pessoas – principalmente os grupos mais vulneráveis – deverão continuar utilizando as máscaras até se sentirem seguras novamente. “Obviamente vai haver um período de adaptação gradual, mas aos poucos vamos voltando a sorrir. Na hotelaria, alguns momentos serão ímpares, como a retirada das placas de acrílico nas recepções, aumentando a proximidade entre as pessoas, algo que fez falta nesses últimos dois anos”, acrescenta.

“É um símbolo de retomada no setor, trazendo otimismo principalmente para o segmento de eventos, que deve continuar crescendo com o relaxamento das restrições”, complementa Van Sluys, que aponta que a ocupação média em Belo Horizonte está em torno de 65% – impulsionada principalmente pela demanda corporativa – se aproximando dos níveis pré-pandemia, período no qual o indicador atingiu 78%.

A realidade de otimismo, inclusive, não está presente só em terras mineiras. Em São Paulo, o relaxamento de medidas restritivas também tem impactado positivamente o setor de eventos, segundo Raffaele Cecere, CEO do Grupo R1. De acordo com ele, “os eventos voltaram com tudo”.

Protocolos serão mantidos

O decreto publicado elencou regras gerais para os estabelecimentos a respeito de capacidade e distanciamento. O documento aponta que idosos, pessoas com comorbidades e não vacinadas usem máscara em qualquer ambiente. Além disso, todos os estabelecimentos devem disponibilizar álcool 70% para os frequentadores.

Para respeitar o distanciamento, o órgão de saúde da capital mineira recomenda locais e filas de espera sejam organizados, além de outros pontos, que podem ser conferidos na íntegra no site oficial da prefeitura.

(*) Crédito da foto: Alexandra_Koch/Pixabay