O mês de março foi marcado pela explosão de casos oriundos da segunda onda de Covid-19 e aumento das restrições de circulação. No período, o setor de serviços apresentou retração de 4%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Como já era esperado, as medidas causaram queda de 1,59% nas atividades econômicas, de acordo com o indicador IBC-Br do BC (Banco Central) divulgado hoje (13).

Apesar da retração, os números foram melhores do que o projetado por economistas consultados pela Bloomberg. As previsões eram de queda de 3,4% para o período. Em fevereiro deste ano, a economia havia crescido 1,88% e em janeiro, 0,91%.

No primeiro trimestre do ano, o setor produtivo acumulou crescimento de 2,3%, puxado pelos resultados de janeiro e fevereiro. No acumulado dos 12 meses terminados em março, houve queda de 3,37% no indicador.

O índice é medido em pontos e chegou a 140,16 no mês. Embora tenha registrado queda mensal, o nível é maior que os registrados nos meses pré-pandemia. De acordo com o BC, em janeiro de 2020, a atividade marcava 138,15 pontos e em fevereiro foi a 139,36%. A partir de então, começou a cair e chegou ao menor nível em abril, com 119,93 pontos.

BC: outras resultados

Em março do ano passado, quando o vírus chegou ao país, houve redução de 5,90% no setor produtivo, segundo informado na época, já sob efeito do distanciamento social. Após a última revisão, a variação foi para queda de 5,6%.

O pior resultado foi registrado em abril de 2020, quando a economia caiu 9,73% (9,82% com revisão), nível mais baixo desde outubro de 2006 e maior queda entre um mês e outro em toda a série histórica, iniciada em 2003.

Maio já trouxe resultado positivo em relação a abril, de 1,39% (1,62% revisado), mas ficou aquém das expectativas do mercado, que eram de 4,5%. O BC considera o desempenho dos principais setores da economia: indústria, agropecuária e serviços.

(*) Crédito da foto: icsilviu/Pixabay