A capital paulista tem a diversidade em seu DNA expressado de diversas formas, seja na gastronomia, na cultura ou, por que não, na hotelaria? Aberto em 1º de fevereiro de 2020, o B&B Hotels São Paulo Luz completou um ano de atividades com um público tão plural quanto o destino no qual está inserido.

Praticamente nascido na pandemia, o empreendimento operou pouco mais de um mês antes de fechar, em 23 de março. Com início promissor, a unidade chegou a 30% de ocupação até o momento da paralisação. “Foi até surpreendente. Recebemos um público com perfil amplo. Até o Carnaval basicamente lidamos com hóspedes de lazer que vieram para os blocos e desfiles misturados com clientes que buscam São Paulo para fazer compras”, pontua Ludmila Occhialini, gerente geral do hotel.

Localizado na região central da cidade, o B&B tem fácil acesso aos principais polos de compras paulistanos como a Rua 25 de Março, Santa Ifigênia, Rua das Noivas e Brás. E não é só apenas nas motivações de viagens que os clientes se diferenciam, os destinos emissores também se destacam pela variedade. “Recebemos grupos de estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Espírito Santo. Até mesmo pessoas do Oiapoque hospedamos”, ressalta Ludmila.

Antes de fechar as portas, o segmento Mice também se destacou entre as reservas. A poucos quilômetros de centros de eventos como Expo Center Norte, Anhembi e São Paulo Expo, o hotel recebeu em fevereiro participantes de feiras e congressos. “Estamos em frente a uma estação de metrô que é um hub de deslocamento na cidade e próximo à Rodoviária do Tietê. Mesmo um ano depois da abertura, ainda estamos aprendendo sobre o nosso público. Podemos dizer que vai de A a Z”, acrescenta a gerente.

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                                              Ludmila: queremos ser o hotel número um do centro de SP

B&B Hotels São Paulo: a paralisação

A performance otimista da unidade foi interrompida pelo fechamento massivo do comércio e da hotelaria. Durante o período de paralisação, o empreendimento manteve toda a equipe com suspensão de contrato e home office. As operações foram substituídas por estudos de protocolos e processos para o momento de reabertura após cinco meses sem hóspedes.

Retomadas as atividades em setembro, o início foi bem diferente do primeiro contato com o mercado, lá em fevereiro. O B&B Hotels São Paulo Luz retornou em setembro com ocupações tímidas que não chegaram aos dois dígitos. “Ao longo dos meses fomos crescendo e em novembro atingimos os 34%, o que é relevante para um hotel de 292 apartamentos”, destaca Ludmila.

Segundo divulgado pelo InFOHB, São Paulo encerrou 2020 com uma das piores taxas de ocupação do país (23,4%), consequência da falta do corporativo e eventos. Mesmo com um público tão diverso, para o empreendimento com um primeiro ano de operações mais que atípico, as metas não foram atingidas.

“Não atingimos as expectativas em termos de ocupação, mas 23% em 2020 é até um indicador interessante se considerarmos os cinco meses parados e as instabilidades que o setor ainda está enfrentando”, comemora.

A expectativa da retomada

Ainda em fase de consolidação, o B&B Hotels São Paulo já vê o retorno de alguns clientes. Ludmila atribui o feito aos reviews em plataformas como TripAdvisor e Booking, além da localização e perfil econômico do hotel. “O público está conhecendo melhor a marca e estamos com uma boa pontuação nas plataformas, o que traz a solidez que precisamos”.

A chegada da vacina e o aquecimento do setor são motivos de otimismo para o empreendimento, que em contrapartida ainda sente com a falta do Mice e business. “Com eventos e feiras adiadas e o corporativo que deixou de viajar, temos recebido mais clientes a lazer e buscam explorar a região central de São Paulo. Já o segmento de compras não mudou e segue demandando hóspedes”.

Ludmila ainda afirma que manteve as diárias médias trabalhadas antes da pandemia, com exceção de promoções pontuais, como a de comemoração de um ano do hotel. Sobre a distribuição, ela garante ser equilibrada, com as vendas diretas ganhando força pelas campanhas e pacotes comercializados no site.

“As OTAs têm uma participação importante, pois são vitrines para nós. Entretanto, nosso site é jovem e moderno com promoções que só são encontradas ali. As vendas diretas sempre tiveram força dentro de casa”, completa a gerente.

Para o segundo ano de operações, a meta é encerrar 2021 no azul e consolidar ainda mais o B&B Hotels São Paulo no mercado. “Queremos ser o hotel número um do centro com grande performance. A expectativa inicial era crescer entre 10% e 20% de ocupação, mas com as feiras e eventos sendo transferidas para o segundo semestre, o cenário ainda é nebuloso. Vamos manter a diária média para que São Paulo não seja visto como um destino inviável e caro”, finaliza.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/B&B Hotels