Uma nova rodada de auxílio emergencial está sendo cogitada pelo governo, caso a pandemia continue em uma curva ascendente. Segundo divulgado hoje (25) pela Folha de São Paulo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou que o benefício pode ser renovado após outubro.

Em audiência na Comissão Temporária da Covid no Senado, o ministro alegou que “quem dirige o auxílio emergencial não é a economia, nem sequer a política, quem dirige o auxílio emergencial é a pandemia”.

Guedes voltou a afirmar que o auxílio será estendido por mais três meses. “Se a pandemia continuar para o controle, em setembro, novembro, vamos ter que renovar de novo o auxílio emergencial, mas não é a expectativa no momento. A expectativa no momento é que nós estaríamos, nas palavras do ministro Queiroga (Saúde ), num ambiente de controle da pandemia “, pontuou.

O ministro ainda ressalta que as datas estabelecidas estão alinhadas às expectativas de vacinação da população. “O auxílio que terminaria em 31 de julho segue agosto, setembro e outubro. Outubro é o mês que todos os governadores estão dizendo que desejam vacinar toda a população adulta brasileira ”, disse.

Auxílio emergencial: impacto

De fato, a extensão do benefício é vital para a economia continuar girando, mas dificilmente a receita afetará a indústria de viagens, uma vez que a atividade não está entre as prioridades dos brasileiros. Segundo o ministro, é provável que o governo edite uma MP (Medida Provisória) para estender o auxílio.

Em abril, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a reedição da MP 936, texto que criou o auxílio em 2020. Para a nova rodada, os valores das parcelas devem ser mantidos, bem como os beneficiados. Atualmente, o direito varia de acordo com a composição familiar, entre R$ 150 a R$ 375 por mês.

Nesta fase do benefício, cada parcela tem custo estipulado em R$ 9 bilhões. No caso de uma prorrogação, o impacto nas contas do governo federal deve chegar a R$ 27 bilhões.

(*) Crédito da foto: Arthur Souza/Photopress/Estadão Conteúdo