Desde sua reabertura, em julho de 2021, o Anavilhanas Jungle Lodge vem se beneficiando do redescobrimento do turista brasileiro por seu próprio país. O empreendimento, localizado no coração na Floresta Amazônica, espera superar os resultados de 2019 com demandas impulsionadas pelo turismo doméstico e colocando a experiência em primeiro lugar.

Ainda que as expectativas sejam otimistas para o fim de ano, nem tudo são flores. Entre janeiro e junho de 2021, o hotel de selva teve seu faturamento fortemente impactado, cerca de 35% abaixo do registrado no mesmo período de 2020.

“O Anavilhanas, por estar muito próximo a Manaus, utiliza o aeroporto da cidade como porta de entrada. Em 2021 não fechamos as portas, mas fomos fortemente impactados pela situação da pandemia no estado em janeiro. Conforme o cenário foi melhorando, hoje estamos com uma ocupação fruto da demanda reprimida e por nosso produto ser em meio a natureza”, comenta Guto Costa Filho, diretor da propriedade.

Desde julho, o hotel vem performando com ocupações acima de 85%. Se tudo ocorrer dentro do planejado, o empreendimento deve superar ou empatar os resultados de faturamento de 2019.

“Estamos com uma boa diária média após reprecificar o produto. Desde que reabrimos, não tivemos reajuste tarifário, mas este ano tivemos aumento de 10% frente a 2020. E muitos hóspedes têm ficado mais tempo do que antes. Se a média era quatro dias e três noites, hoje é de cinco dias e quatro noites. Essa mudança tem um impacto positivo no resultado final, pois gera uma menor rotatividade dos quartos”, acrescenta o executivo.

Anavilhanas Jungle Lodge - gusto costa filho

Novas UHs elevaram a diária média, diz o diretor

Anavilhanas Jungle Lodge: oferta hoteleira

O aumento da diária média também foi impulsionado pelo crescimento na oferta de hospedagem. O Anavilhanas anunciou o lançamento de duas UHs premium, reforçando a busca por acomodações de categorias mais elevadas. Os quartos são divididos em Chalés, Bangalôs e Panorâmicos.

“Inauguramos em setembro as UHs panorâmicas e em dezembro colocaremos à venda uma villa. Esta será uma casa com piscina, deck, mezanino e muito mais. Por hora, vamos ficar com três UHs panorâmicas”, explica Filho. Para 2022, os planos são de construir uma segunda piscina, ampliar as áreas comuns e até mesmo um espaço de coworking.

Para promover uma entrega mais sofisticada, o hotel passou por algumas adaptações, como implementar o sistema à la carte no A&B (Alimentos & Bebidas), também com o intuito de evitar desperdícios. “É um modelo mais intenso de mão de obra, mas em um momento de aumento de preços dos alimentos e com boas taxas de ocupação, ter migrado compensou muito. Não estamos focando em caixa, mas sim em melhoria de processos para atender bem os clientes com a demanda que temos. Este é o momento de pensar na entrega”, pontua o diretor.

Sem disponibilidade para o fim de ano, o empreendimento espera boas demandas em janeiro. Hóspedes de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Brasília são o principal público do Anavilhanas, que também tem percebido o aumento da frequência de clientes nordestinos.

Já o turista estrangeiro, que antes da pandemia representava 70% das reservas, aos poucos começa a retornar. No feriado de 12 de outubro, 30% dos hóspedes no hotel eram de origem internacional. “Está lento, mas voltou. Até agosto era uma demanda inexistente”, conclui Filho.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Anavilhanas Jungle Lodge