Após meses de baixos índices de voos e passageiros, o setor aéreo começa a apontar recuperação. Segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), desde o início da pandemia, em abril, até novembro de 2020, o número de passageiros circulando nos aeroportos cresceu 11 vezes, saindo dos 838,4 mil e indo para 9,83 milhões. O índice, também, foi crescente em relação ao número de voos. De acordo com a agência, foram 85,2 mil pousos e decolagens contra 11,8 mil, no mesmo período.

Exemplo da franca recuperação pode ser observada no Aeroporto Internacional do Recife Guararapes – Gilberto Freyre. Segundo a empresa responsável pela operação do aeroporto, o número de passageiros saltou de 63.506 para 859.913, crescimento de 1.200%. Para dezembro, a previsão é de 12% de crescimento em relação ao mês anterior.

Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, a pasta tem tomado medidas importantes para uma retomada responsável dos turistas pelo país sem deixar de lado a importância econômica do setor. “Temos trabalhado incansavelmente para garantir que o retorno aconteça de maneira segura para turistas e trabalhadores por meio do Selo Turismo Responsável, e o setor aéreo é uma de nossas prioridades”, disse.

Um levantamento realizado pelo MTur (Ministério do Turismo) trouxe a expectativa de mais de 4,3 milhões de pessoas voando pelo país durante as festividades de final de ano. Entre os destinos mais buscados, seis estavam na região Nordeste: Fortaleza (CE), Salvador (BA), João Pessoa (PB), Natal (RN), Maceió (AL) e Recife (PE). A capital pernambucana, inclusive, registrou uma alta de 12% no volume de passageiros no período. Outro aeroporto que vem registrando bons índices é o de Belo Horizonte. O terminal espera crescimento de 15% no número de passageiros e de voos em janeiro.

Anac: retomada

Em novembro do ano passado, o MTur lançou o movimento Retomada do Turismo. Trata-se de uma aliança nacional para acelerar a retomada do setor de forma responsável e segura, que reúne 32 instituições do poder público, iniciativa privada, terceiro setor e Sistema S.

O objetivo é reduzir os efeitos negativos causados no setor, em decorrência da pandemia de Covid-19. Para isso, estão sendo desenvolvidas um conjunto de ações e programas, que vão desde o reforço na concessão de linhas de crédito para capitalizar empresas do setor e preservar empregos, até obras de melhoria da infraestrutura dos destinos turísticos.

(*) Crédito da foto: Divulgação/MTur