Em estudo divulgado pela Phocuswire, a Amadeus informa que o índice de reservas programadas na hotelaria aumentaram em abril conforme o viajante retoma a confiança. O retorno gradativo apontado pela companhia se baseia na ocupação global de 46% para o segmento no mês passado. O período foi considerado “crucial” para diagnosticar a tendência.

De acordo com o “Rebuilding Hospitality: Trends in Demand, Data and Technology that are Driving Recovery”, em comparação a ocupação hoteleira de abril em 2020, o crescimento foi de 13%. O principal para o bom resultado é o momento estável da pandemia na maioria dos países. A campanha de vacinação e a flexibilização começam a fazer efeito nos indicadores e, por isso, reservas voltam a subir.

Os níveis, segundo o relatório da Amadeus, variam em cada região. Enquanto China e América do Norte possuem ocupações de 60% e 50%, respectivamente, a Europa enfrenta as consequências da terceira onda da pandemia. Por isso, o índice fica entre 18%, dada a manutenção das restrições em alguns territórios.

Além disso, houve queda de 16 pontos percentuais (39% para 23%) no número de reservas para o mesmo dia entre a primeira semana de 2021 e a última de abril. Por outro lado, reservas adiantas cresceram de 6% para 11% no mesmo período.

Amadeus: outros dados

O levantamento da empresa também perguntou a hoteleiros sobre os desafios no momento. Um terço dos entrevistados citou a falta de viagens de negócios, restrições governamentais e poucos voos internacionais como principais empecilhos à recuperação.

A esperança, como é de se esperar na hotelaria mundial, é que viagens de lazer — domésticas, principalmente — sejam a verdadeira válvula de escape da crise. Além disso, dois terços do empresariado não esperar resultados pré-pandemia para antes do final de 2022, mostra a Amadeus.

Por fim, o estudo mostra mudanças na distribuição dos empreendimentos, tendo em vista que OTAs participaram de 19% das reservas em abril de 2021 — mais do que o dobro do ano passado e acima do percentual do mês em 2019 (16%). Dos que responderam as questões, 28% disseram que as OTAs são o canal de distribuição mais importante, enquanto 43% colocam os canais diretos nesta posição.

(*) Crédito da foto: Joshua Freake/Unsplash