O avanço da vacinação e flexibilização das restrições de viagens já apresentam impacto positivo na hotelaria mundial. Ainda que este seja o melhor momento para o mercado desde o início da pandemia, há um longo caminho a ser percorrido para superar as perdas geradas pela crise. De acordo com o relatório Hospitality Market Insights Report de outubro, desenvolvido pela Amadeus, a ocupação na América Latina, por exemplo, ficou 44% abaixo dos resultados para o mesmo período em 2019.

Segundo a pesquisa, a ocupação mundial atingiu 80% dos níveis pré-pandemia, com ligeira queda frente ao mês anterior impulsionada por restrições na Ásia. Na China, as reservas cresceram em setembro, após declínios de ocupação observados em agosto. Em contrapartida, o indicador ganha corpo nos EUA e Europa, que seguem com demandas fortes mesmo com o fim do verão.

Prazos curtos de reserva persistem globalmente, com média de sete dias, na maioria dos casos. No entanto, a Amadeus pontua mudanças na segmentação de mercado, com mais varejo e grupos. O ritmo do quarto trimestre continua com ganhos positivos semana após semana, com os EUA experimentando a maior recuperação de ocupação para os níveis de 2019, mas ainda perdendo em 25%, enquanto outras regiões estão perdendo no quarto trimestre de 30% a 50%.

Mundialmente, a segmentação do mercado sofreu algumas mudanças. Grupos subiram de 13% para 18% de 2020 para 2021, porém caiu quando comparado a 2019 (22%). Confira no gráfico abaixo:

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Amadeus: América Latina

Em setembro, a ocupação na América Latina foi de 37%, 101% acima do praticado em 2020 e 35% abaixo dos níveis pré-pandemia. Dentre os principais mercados da região, a partir do dia 19 de setembro, a ocupação em São Paulo é de 19%. O destino com o melhor resultado para o período é Los Cabos, no México, com 53%, seguido por Acapulco, com 36%. As cidades com os piores indicadores são Monterrei (7%), Bogotá (9%) e Buenos Aires (10%). Os dados reforçam as previões do STR, que apontam os destinos de praia como os preferidos por viajantes na retomada.

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Em distribuição, as vendas diretas ainda são a maior parte das reservas, representando 38% do total, o que significa queda frente a 2020 (40%) e 2019 (43%). Já as OTAs levam 25% da fatia de 2021, mantendo sua expressividade quando comparado ao mesmo período no ano passado e alta frente a 2019 (19%).

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(*) Crédito da foto: Pixabay

(**) Crédito dos gráficos: Divulgação/Amadeus