Em novembro de 2020, o tráfego aéreo na América Latina e Caribe registrou sua melhor performance desde o início da pandemia. No total, foram transportados 15,9 milhões de passageiros, segundo dados da Alta (Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo). De acordo com a entidade, o Brasil lidera a retomada do setor, com 4,7 milhões de passageiros embarcados.

Na semana passada, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) apontou que, entre abril e novembro, o número de pessoas circulando nos aeroportos brasileiros aumentou 11 vezes, saindo de 838,4 mil para 9,83 milhões. O índice também foi crescente em relação ao número de voos. Segundo a agência, foram 85,2 mil pousos e decolagens.

“O setor aéreo é fundamental para a retomada do turismo no Brasil. Temos trabalhado diuturnamente para buscar melhorias e condições para que o setor se mantenha estruturado e continue realizando o sonho de milhares de brasileiros viajarem e conhecerem os destinos do nosso país ”, destaca Gilson Machado Neto ministro do Turismo.

De acordo com José Ricardo Botelho, diretor-executivo e CEO da Alta, o resultado se deve à reativação das operações em praticamente todos os países da região, com exceção da Venezuela. “O tráfego doméstico regional foi responsável por quase 70% do tráfego total de novembro, com 10,7 milhões de passageiros”, ressaltou. Botelho acrescentou ainda que em relação às viagens domésticas não há obrigatoriedade de apresentação de testes de diagnóstico da Covid-19 ou quarentenas, pré-requisitos estes que podem reduzir a demanda.

Ao lado do Brasil, México e Colômbia também contribuíram para a ampliação do número de passageiros em circulação na região da América Latina e Caribe no mês de novembro de 2020. No México, as companhias aéreas movimentaram internamente 2,9 milhões de passageiros e na Colômbia o número chegou a quase 1 milhão.

Alta: remarcação

Na última semana, o governo federal prorrogou até o dia 31 de outubro de 2021 as regras para reembolso de passagens aéreas, previstas na Lei 14.034/2020. O objetivo é garantir o direito dos passageiros e, ao mesmo tempo, a sobrevivência das empresas aéreas, fortemente afetadas pela pandemia de Covid-19. As companhias aéreas têm o prazo de 12 meses, a contar da data do voo cancelado, para realizar a devolução do dinheiro após solicitação do passageiro.

(*) Crédito da foto: Diego Bavarelli/MTur