De acordo com a última edição do LVC (Levantamento de Viagens Corporativas), desenvolvido pela Alagev (Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas) e FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), o setor registrou faturamento de R$ 4,5 bilhões em fevereiro. O resultado representa avanço de 144% em relação ao mesmo período de 2021, quando a cifra foi de R$ 2,2 bilhões.

O levantamento aponta ainda que o crescimento é creditado a vários fatores, entre eles a retomada da economia, proporcionada pelo aumento no ritmo da vacinação, e menor receio da população e das empresas em realizar deslocamentos pelo país. As entidades afirmam também que, por mais que o país tenha sido impactado pela variante Ômicron, não houve restrições relevantes e a oferta de serviços se manteve em dia.

Por outro lado, a Alagev pontua que é necessário observar que a fragilidade da base comparativa também contribuiu com o resultado expressivo. Em 2021, o país vivia a segunda onda da pandemia de Covid-19, com restrições significativas a várias atividades.

Outros indicadores

Em relação a fevereiro de 2020, mês que antecedeu a primeira onda da pandemia, o faturamento atual ainda está 34,6% abaixo, ou seja, quase R$ 3 bilhões. O indicador mostra que os próximos meses serão cruciais, pois ainda existem obstáculos como o preço das passagens, que afetam as decisões dos viajantes, principalmente do segmento corporativo.

Dessa forma, a conjuntura econômica de inflação e juros altos afetando os negócios, espera-se uma retomada menos evidente do que o esperado. “Mesmo com diversos desafios e um longo caminho para a efetiva recuperação, estamos observando uma retomada confiante. Esses dados nos mostram que as empresas estão retomando os seus investimentos em eventos e viagens, o que favorece o desempenho das áreas de transporte aéreo, locação de veículos e meios de hospedagem”, afirma Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev.

“Vale ressaltar também que o nosso setor tem um peso importante no aumento das oportunidades de emprego”, finaliza.

Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, também acredita na recuperação do setor. “As estratégias que estimulem mais viagens de negócios ou que combinem negócios e lazer podem ajudar na recuperação dos índices de ocupação. A diversificação nos serviços e a oferta de conectividade também podem colaborar com a atração de profissionais autônomos que buscam ampliar sua área de atuação”, acrescenta.

O estudo completo pode ser acessado pelo link.

(*) Crédito da foto: bottlein/Pixabay