O último painel  da Adit Share, aberta hoje (23), teve como tema Fronteiras – Produtos, Destinos e Modelos de Negócio. O que vem pela frente? Participaram dela, Alessandro Cunha, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da Aviva; Ênio Almeida, Head na área de Novos Negócios e Desenvolvimento do grupo ABL Prime; Samuel Sicchierolli, presidente da VCI S/A e Incorporador no Hard Rock Hotel; e Osvaldo Chudnobsky, Managing Partner da Horwarth HTL Brasil.

Durante o debate, Sicchierolli falou a respeito de alguns indicadores importantes do mercado como o preço do metro quadrado (m²), que atualmente custa R$ 39 mil. Além disso, o executivo apresentou alguns destinos com projetos em andamento como Fortaleza, Recife e Campos do Jordão.

Almeida pontuou sobre as experiências com marcas regionais, que criam conexões e agregam valor e velocidade de vendas aos empreendimentos.

Indo na contramão da fala de Almeida e Cunha, Sichierolli declarou que uma bandeira internacional faz diferença nos empreendimentos, porque trabalham com um padrão de qualidade mais alto. “Obviamente temos algumas exceções no Brasil como Rio Quente e Beach Park, mas a diferença é desproporcional. Na minha visão, a marca é muito importante para agregar VGV e velocidade de vendas”, disse.

Na ocasião, os executivos falaram ainda sobre as modalidades greenfield e growth field e suas diferenças. “No greenfield, você compra o terreno cru e participa de todos os projetos de legalização. Já no growth field, compra-se o empreendimento praticamente pronto, onde já não se participa tanto dos processos legais. Mas isso depende muito de cada projeto”, analisou Almeida.

A respeito dos modelos de venda, Cunha afirmou que é necessário criar modelos cada vez mais transparentes, convencendo o cliente dos benefícios e assim chegar à conversão, visto que as taxa de cancelamento na indústria de multipropriedade atualmente é de 47%.

Adit Share: Processo de vendas

Na palestra da Adit Share, os executivos falaram a respeito dos canais online e sua importância no processo de vendas, visto que a tendência é um mercado cada vez mais digital. Por outro lado, reafirmaram a importância também do modelo físico, que ainda é um grande gerador de credibilidade junto ao cliente.

Sichierolli falou sobre a dimensão de alguns projetos em andamento. “Em Fortaleza, são 518 unidades em uma área de 180 mil metros quadrados (m²). É uma obra gigantesca, que deve ficar pronta em breve”, ressalta.

Durante o momento de debate, Cunha fez considerações sobre a importância de desenhar os produtos de multipropriedade de forma adequada, com consultoria e acompanhamento, a fim de evitar problemas.

“Multipropriedade requer toda uma boa gestão do projeto e da obra, desde o processo de concepção, comercialização, cobrança, pós-venda, até o último real recebido naquele plano de parcelamento”, complementou Almeida.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Adit Brasil