Adit Share: Livá Hotéis assume gestão de dois empreendimentos na região Sul 

Durante a programação da Adit Share, a Livá Hotéis & Resorts, operadora de multipropriedade da Atrio Hotel Management, comunicou que assumiu a gestão de dois empreendimentos na região Sul: o Poehma Lago Negro, em Gramado (RS), e o Surfland, localizado na cidade de Garopaba (SC).

Cristiano Vieira, um dos gestores do Surfland, afirmou que a parceria saiu para proporcionar experiências ainda mais únicas e diferenciadas aos proprietários. “Queríamos uma administradora que entendesse o espírito e as necessidades do nosso cliente, trazendo algo personalizado para complementar a experiência, que é o maior desafio do setor nos dias atuais. Entendemos que a Livá pode oferecer o que buscamos”, destaca.

“Temos a expectativa de que a Livá entregue aos nossos clientes a satisfação plena, com conforto, acesso a serviços diferenciados e qualidade de atendimento. E esse é um trabalho desenvolvido a quatro mãos”, complementou.

Adit Share - Livá_Surfland

Parceria foi celebrada e anunciada durante a Adit Share

César Nunes, vice-presidente de Marketing e Vendas da Atrio, destacou que o empreendimento foi disputado por diversas empresas. “Para nós, foi uma entrada com o pé direito no mercado de Santa Catarina. Já estamos fazendo um trabalho muito forte com o Surfland, preparando estrutura física, fluxo de hóspedes e funcionários, entre outros pontos. Em um futuro muito próximo, quando estiver aberto, tenho certeza de que será um dos principais resorts do Brasil”, finaliza.

Poehma Lago Negro: hotel boutique será inaugurado em 2023

O outro empreendimento assumido pela Livá, o Poehma Lago Negro, é um hotel boutique de 28 unidades no modelo de multipropriedade. “Nós estamos comercializando 52 semanas cada unidade, preservando a questão da qualidade da gastronomia e da hospitalidade, não só na localização, mas também em todos os serviços”, afirma Eduardo Passold, diretor do projeto, que deverá ser entregue em dezembro de 2023.

“Nós escolhemos a Livá pela confiabilidade e por conhecer as pessoas que integram a empresa. Eles já nos acompanham em outros empreendimentos e, por isso, estamos muito tranquilos. É um tipo de gestão mais pessoal, que é o que nosso cliente vai procurar”, conclui Passold.


Como desenvolver bons empreendimentos e elevar a experiência?

Fechando o ciclo de palestras do primeiro dia da Adit Share, o painel Operação hoteleira condominial de projetos fracionados pela visão dos diretores trouxe discussões acerca dos processos operacionais dos empreendimentos. O debate foi mediado por Milton Vasconcelos, diretor da MME (Maceió Mar Empreendimentos).

Também participaram do painel Hiram Della Croce, diretor regional Wyndham Hotels & Resorts no Brasil e Bolívia; Paulo Mélega, diretor de Operações da Atrio Hotel Management; e Alexandre Zubaran, CEO da Enjoy Hotels & Resorts.

“Hoje, é necessário que participemos dos projetos desde a concepção até a arquitetura, planejamento, controle de gastos, entre outros momentos. Quando analisamos a fundo, essa presença em todas as etapas minimiza riscos e colabora para a entrega de bons produtos”, pontuou Della Croce, logo no início do bate-papo.

Em seguida, Zubaran ressaltou que um dos grandes desafios da multipropriedade é adotar práticas diferentes da hotelaria tradicional, apesar de ser um segmento totalmente atrelado ao setor hoteleiro. “É necessário, sobretudo, entender que se tratam de modelos diferentes, com necessidades e objetivos distintos”, endossou.

Desenvolvendo projetos: o que analisar?

Adit Share - Último_painel

Painel debateu formas de encantar e fidelizar o público-alvo

Dando continuidade ao debate, Della Croce reforçou que entender o nível de responsabilidade dos incorporadores é um dos pontos chaves para garantir o sucesso do projeto. “É preciso analisar minuciosamente se a incorporação está sendo feita corretamente, se as frações são comercializadas de forma clara e passando credibilidade aos compradores”, avalia.

Complementando a linha de raciocínio, Zubaran alerta que o setor pode evoluir adotando a medida citada por Della Croce. “Quando não participamos de todas as etapas, futuramente teremos a missão de corrigir uma série de problemas de comercialização e preço das frações, entre outros pontos. Com um acompanhamento mais aprofundado na hora de desenvolver o produto, corrigimos todas essas questões antes mesmo dos empreendimentos serem lançados”, explica.

Em relação à operação, Mélega considera que as empresas precisam estimular os cotistas a frequentarem seus empreendimentos. “É imprescindível que o cliente esteja nas unidades no período pelo qual pagaram. Se o cotista não cumpre suas semanas, eleva-se a possibilidade de inadimplência, e nós não queremos isso”, acrescenta.

Perspectiva do cliente

Continuando sua fala, Mélega reforça que o entretenimento é um dos fatores que mais agregam valor, na perspectiva do cliente, aos empreendimentos de multipropriedade. “Esse fator não pode ser só uma piscina com monitoria, porque isso é muito básico. O que nós precisamos é criar experiências memoráveis e diferenciadas, já que estamos falando da segunda residência dos clientes”, diz.

Seguindo o mesmo pensamento, Zubaran afirma que essa tendência de criar novas experiências reflete a mudança de comportamento do consumidor. “A diversidade de experiência gastronômica, atrações que combinem com o destino, tudo isso conta muito na avaliação do cliente. E, se queremos fidelizá-lo, precisamos tratar esses fatores com a relevância que eles merecem”, finaliza.


Adit Share: primeiro condo-hotel de multipropriedade é lançado em São Paulo

Foi anunciado hoje (2) o lançamento do primeiro condo-hotel no segmento de multipropriedade do Brasil. Caio Calfat, presidente da Adit Brasil, e Márcia Rezeke, sócia da Rezeke & Azzi Advogados, além de Rodrigo Bicalho, CEO da Bicalho Advogados, participaram da apresentação. O empreendimento, localizado na região central de São Paulo, foi desenvolvido pela Gafisa e será gerido pela Atlantica Hospitality International.

“Será um Go Inn (marca própria da Atlantica) com 298 unidades em uma proposta inovadora. Neste caso, os interessados adquirem as unidades autônomas, que são divididas em frações de tempo, como forma de investimento, com objetivo praticamente exclusivo de obter rentabilidade”, pontua Bichalho.

“Essa iniciativa é diferente da multipropriedade em si, na qual a compra é feita com objetivo de utilizar as unidades para férias em família, por exemplo”, complementou.

Nova tendência?

Falando de novas tendências para o setor, Calfat ressaltou que o novo hotel pode revelar uma tendência para o futuro. “Acredito que iniciativas como essa dizem quais serão os rumos do setor nos próximos anos”, destaca.

“Na minha visão, a multipropriedade é um segmento tão versátil que se completa não só com os condo-hotéis, mas também com outros modelos”, finaliza Márcia.


Entretenimento como impulsionador da multipropriedade

Na sequência da programação da 10ª edição da Adit Share, aberta hoje (2) cedo, foi apresentado o painel Onde o entretenimento encontra o mercado imobiliário: produtos, conceituação, modelos e operação. Mediado por Danilo Samezina, CEO da Oceanic Empreendimentos, o bate-papo teve ainda participação de Pablo Morbis, CEO do Grupo Cataratas, e Edson Cândido, diretor Comercial da Gramado Parks.

Logo em sua primeira participação no debate, Morbis fez questão de ressaltar que existe grande sinergia entre o entretenimento e a multipropriedade para o desenvolvimento de novas estratégias. “O ano de 2022 tem apresentado uma retomada muito forte na atividade do parque, muito próximo dos níveis de visitação de 2019”, observou.

“Por outro lado, a recuperação do turismo estrangeiro, que é muito importante para Foz do Iguaçu (PR), ainda segue um ritmo mais lento, mas, mesmo assim, está acima do que esperávamos. No mês de maio, o número de visitantes internacionais atingiu 56% do nível pré-pandemia, e isso é um resultado muito expressivo”, destaca o executivo.

“Todo o trade tem visto a força desses dois segmentos neste momento de retomada pós-pandemia, e isso é um marco para o mercado”, complementou Samezina.

Gramado Parks: diversificação de serviços

Durante o debate, Cândido ressaltou que o entretenimento faz parte da estratégia de diversificação de serviços da Gramado Parks. “Quando surgimos, desenvolvemos nossos primeiros negócios com uma visão de incorporadora. Hoje, ouso dizer que estamos no segundo nível da multipropriedade, gerando cada vez mais atrativos para nossa base fidelizada”, analisa.

Adit Share - Painel_Entretenimento_Multipropriedade

Sameniza, Morbis e Cândido durante o painel da Adit Share 2022

“Hoje, os quatro hotéis que estão prontos têm histórias e experiências diferentes para oferecer aos clientes. Vão desde os modelos mais tradicionais aos mais contemporâneos. Com isso, conseguimos atrair diversos tipos de público. Quando falamos de parques, criamos o que chamamos de ‘clusters’, ou seja, grupos de marcas que começam sempre pelo entretenimento para em seguida chegarmos com a hospitalidade”, completa, ressaltando que o parque Acquaventura (PE) seguirá este modelo, unindo essas duas demandas.

O executivo explica que a diversificação é o ponto chave da estratégia da empresa, que tem como principal objetivo “vender o acesso” aos hóspedes, comercializando não acomodações, mas também os serviços, atrações e experiências que virão após a compra.

Complementando o raciocínio, Morbis afirma que a tendência a longo prazo é de que os investimentos ligados ao processo de diversificação no mercado cresçam cada vez mais. “É o caminho natural, isso é extremamente importante. Precisamos gastar energia no desenvolvimento de destinos. Sem isso, não conseguiremos ter a pujança de mercado que buscamos”, finaliza.


Adit Share: estratégias para o setor são tema de painel

O painel A visão estratégia do C-Level da propriedade compartilhada deu continuidade à programação da 10ª edição da Adit Share, aberta hoje (2). Mediado por Maria Carolina Pinheiro, vice-presidente de Desenvolvimento de Novos Negócios da Wyndham Hotels & Resorts para a América Latina; a mesa-redonda contou com a participação de Sérgio Ney Padilha, CEO do Hot Beach Parque & Resorts; Manoel Vicente, CEO da GAV Resorts; e Gustavo Rezende, CEO do GR Group.

O bate-papo teve início com uma referência à Olímpia (SP), cidade sede do evento e que se transformou após a indústria de multipropriedade por lá chegar. Complementando fala de Maria Carolina, Padilha relembrou as primeiras conversas sobre o modelo, que começaram há pouco mais de 10 anos, acrescentando que, hoje, o momento é muito diferente.  “O Hot Beach é um complexo genuinamente olimpiense e, apesar de nunca termos nos projetado fisicamente para fora da cidade, estamos em crescimento substancial, com novos projetos em vista”, explica.

Em seguida, Rezende deu uma visão sobre os projetos e o momento atual do GR Group, que estruturou empreendimentos divididos por várias cidades, como Olímpia, Caldas Novas (GO), Goiânia e Rio de Janeiro. Além disso, a companhia anunciou projetos em Natal e Maceió, que totalizam mais de 7 mil frações.

“Foram projetos muito bem estruturados e minuciosamente estudados. No fim das contas, é isso que possibilita a expansão. Além disso, os destinos precisam ter bom fluxo de turistas, escala e entretenimento para que os projetos vinguem”, destaca.

Dando continuidade à conversa, Vicente relembrou como a GAV Resorts decidiu apostar no segmento de multipropriedade. “Nós já éramos do mercado imobiliário e, no começo, o modelo assustava um pouco, confesso”, comentou. “Por essa cautela, nós resolvemos que primeiro amadureceríamos a ideia por etapas, dando o passo inicial com o primeiro empreendimento no destino Salinas para, em seguida, expandir para outras cidades brasileiras”, destaca.

Retomando sua participação, Padilha endossou a importância do público-alvo para garantir o sucesso dos empreendimentos no segmento. “Quando você conhece o seu público e as necessidades dele, toda essa logística se torna muito mais fácil. Multipropriedade é um ótimo investimento, mas ressalto que é necessário ter atenção e cuidado com a segmentação do cliente”, avalia.

Desafios

Rezende pontuou que um dos grandes desafios do setor tem sido reduzir as despesas com a comercialização dos empreendimentos. “Gasta-se mais vendendo do que construindo. Normalmente, essa comercializando custa 35% do VGV (Valor Geral de Venda) das propriedades”, revelou. “Então, nossos esforços têm se concentrado em mudar essa realidade, diminuindo esses custos para elevar a margem de lucro”, conclui.

Por fim, os executivos elencaram estratégias para garantir que Olímpia continue aumentando seu potencial turístico. “Precisamos investir para aumentar o número anual de turistas na cidade, que hoje está na casa dos 3 milhões por ano. A cidade tem grandes chances de dobrar a quantidade de turistas que frequentam a região, melhorando serviços e atrações e, por fim, aprimorando ainda mais a experiência do viajante”, complementa Rezende.

Na mesma direção, Vicente comentou que investir em destinos já consolidados é uma boa estratégia para quem dá os primeiros passos no setor. “Quando falamos de destinos novos, é mais trabalhoso, oneroso. Então, na GAV temos nosso foco voltado para o Nordeste, que tem destinos com grande potencial turístico”, finaliza.

(*) Crédito das fotos: Lucas Barbosa/Hotelier News