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Dentro do universo hoteleiro existem diferentes caminhos para a expansão. Em um mercado tão pulverizado e de inúmeros players com variadas expertises, muitas maneiras de fazer negócios são possíveis. Enquanto grandes redes buscam fomentar seus portfólios no país, empreendimentos independentes podem pegar carona no know how de marcas consolidadas como forma de se sobressair frente à concorrência. No caso da Accor, as vias que levam aos resultados são múltiplas.

Mesmo com a crise atual, a rede francesa encontrou maneiras de seguir em frente. Para Abel Castro, vice-presidente sênior de Desenvolvimento e Novos Negócios, o setor hoteleiro se aproxima cada vez mais do tão aguardado ponto de recuperação – e com ele oportunidades aparecem.

“Já sentimos uma melhoria no setor com o avanço da vacinação. O mercado de turismo foi muito afetado e teve que se adaptar e inovar para atender às novas necessidades, porém o mercado interno cresceu e pôde trazer um melhor cenário, principalmente no segmento de lazer, que vem sendo o catalisador da recuperação. Na América do Sul, as viagens domésticas representam 80% da atividade turística. A retomada deverá acontecer de modo mais rápido em comparação com destinos dependentes dos turistas internacionais”, afirma.

Em paralelo, Castro pontua que o público corporativo internacional deve retornar dentro de um ano. Considerando o cenário, o executivo diz que a Accor repensou os espaços de suas unidades. “Hoje, 90% dos hotéis Accor estão abertos seguindo os protocolos de segurança All Safe, desenvolvidos em parceria com a Bureau Veritas. O otimismo é grande e o cenário requer planejamento, principalmente a longo prazo, além de estratégias alinhadas às novas formas de expansão”.

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Castro: rede repensou unidades

Accor: números da rede

Reafirmando sua força de mercado, nem mesmo a pandemia parou a área de Desenvolvimento de hotéis da rede francesa. A Accor não teve, por exemplo, nenhum projeto do pipeline cancelado. Castro explica que alguns foram postergados, podendo ser retomados ainda este ano, a depender do ritmo de reação do setor.

“Ainda assim, trazemos boas notícias, como aberturas e o lançamento de novos serviços: 14 hotéis inaugurados em 2020 na América do Sul (1,8 mil quartos), além da assinatura de 13 novos contratos (1.565 UHs), o que nos mantém em um ritmo semelhante ao dos anos anteriores”, comemora. Apenas na América do Sul, a rede francesa detém 399 empreendimentos, sendo 324 deles em terras brasileiras.

Para 2021, a expectativa é de inaugurar 30 unidades, priorizando modelos de franquias e investimentos na categoria lifestyle. E, para concretizar as projeções, a Accor fechou recentemente parcerias com o grupo Faena, que dispõe de hotéis em Buenos Aires e Miami, além do contrato firmado com a Ennismore, braço que opera marcas lifestyle com mais de 13 opções de bandeiras.

Com as franquias como carta na manga, a cadeia hoteleira planeja alcançar o total de 42 mil quartos até 2024 na América do Sul, no projeto batizado de 42k24. “Hoje a Accor mantém na região 383 hotéis e 62 mil apartamentos. Destes, 170 são franquias. Acreditamos que 2021 será o ano das franquias e conversões”, prevê o vice-presidente.

E não é apenas no portfólio que a empresa vem expandindo. O ALL (Accor Live Limitless) – programa de fidelidade da rede – chegou a 68 milhões de usuários no mundo. Do total, 4,2 milhões estão na América do Sul e, desse montante, 50% das estadas em países sul-americanos em 2020 foram de clientes associados.

A relevância no ALL não se traduz apenas em reservas, mas também no gasto médio por estada. Na América do Sul, hóspedes fidelizados desembolsam entre 15% a 20% mais do que não associados. No mesmo recorte, as despesas dos clientes chegam a 2,1 vezes mais do que hóspedes não pertencentes ao programa. E com o sucesso na região, a contribuição dos membros na receita dos empreendimentos sul-americanos chega a 41%, contra 29% no portfólio global.

Ainda que os números falem por si só, o maior potencial da Accor vem mesmo de suas marcas. No total, são 40 bandeiras distribuídas nas categorias Luxury, Premium, Midscale e Econômico.

accor - ibis styles

ibis Styles é carro-chefe de franquias econômicas

2021: o ano das franquias e conversões

E diante de um cenário onde 70% da oferta hoteleira sul-americana é independente, as projeções ganham força, dando espaço e pano de fundo para possíveis conversões. “Já em 2022, prevemos ser o ano da consolidação, o qual poderemos começar a registrar os mesmos índices que foram atingidos em anos anteriores à pandemia.”

Perante um mercado complexo, independentes precisam olhar com uma lupa para qual rede e bandeira se afiliar. Entre os principais diferenciais da Accor, o executivo destaca os padrões flexíveis, baixo custo de capital, integração de marca rápida e fácil, soluções de distribuição plug and play.

“Com o impacto e mudanças que a pandemia trouxe, notamos que, quando se trabalha em rede, passa-se mais segurança para o cliente. Neste cenário, ter uma marca forte e reconhecida no hotel faz a diferença. As bandeiras trazem endosso de padrão de serviço, de segurança e de higiene. Marca é uma promessa implícita de que tudo que é prometido vai ser entregue”, salienta Castro, que elenca outros atrativos, em especial da Accor.

Um modelo para cada hotel

“Temos, com isso, oportunidades tanto para hotéis únicos, como para pequenas redes locais. Além do benefício de marca já citado, ao entrar para o portfólio de um grupo global como a Accor, os investidores passam a contar com o suporte de uma equipe operacional qualificada e experiente; a ter acesso a uma poderosa plataforma de distribuição; a receber os hóspedes frequentes de programas de fidelidade, que geralmente fazem reservas diretas (sem comissão) e gastam mais no hotel; passam a contar com grandes equipes de vendas globais, regionais e locais dedicadas; além de contar com benefícios em compras compartilhadas, com um melhor custo, por conta da escala em que são realizadas”, destaca Castro.

Modelo mais “light” de negócios, as franquias são a grande aposta de expansão da Accor, especialmente para empreendimentos do interior, com porte intermediário e crescimento consistente. O executivo ressalta que, com exceção das marcas de luxo, todas as categorias de bandeiras podem ser franqueadas, com investimento inicial que pode variar de acordo com a quantidade de quartos.

“Temos franqueados de diferentes perfis: fazendeiros, industriários, artistas, entre outros. Por isso, os critérios para escolha dos hotéis que podem ser convertidos e quais marcas implementar são variados: passam pelo networking do próprio grupo, o posicionamento da Accor na região e a demanda local. A estrutura do empreendimento e possíveis necessidades de adaptações também são quesitos analisados, além de avaliação de diária média (a que se pratica no mercado e o potencial que se tem)”, destaca o vice-presidente.

Ainda há planos para a chegada do Faena no Brasil.  “Ao longo deste ano, a expectativa da Accor é abrir seis hotéis de suas marcas de lifestyle e de luxo”, adianta Castro. “Temos oportunidades em todas as categorias, com marcas de conversões em cada segmento. Mas nossos carros-chefes para conversão são: ibis Styles (econômico), Mercure (midscale) e, no segmento premium, Grand Mercure”.

Este ano, a Accor assumiu a operação de um complexo hoteleiro em Olímpia (SP). O empreendimento marcou o lançamento do By Mercure, que o executivo faz questão de salientar que se trata de um selo, não uma marca. “By Mercure é um selo de transição temporário que hotéis independentes podem obter para se tornarem Mercure dentro de um período de cinco anos. A Accor oferece o endosso By Mercure como uma oportunidade para converter hotéis independentes que atendam aos requisitos mínimos para conversão. Este selo tem como objetivo dar boas-vindas aos hotéis da rede Mercure.”

Adaptações e transição

Com acordos firmados, o processo de adaptação e transição se inicia. No caso de unidades franqueadas, os contratos seguem a Lei Geral de Franquias. Sobre o tempo de realizar a conversão de um hotel, Castro explica que, na Accor, depende muito de cada caso. “É preciso avaliar, por exemplo, se será preciso investimento inicial (reforma ou adaptação) ou não”, comenta.

No caso de empreendimentos totalmente adequados, que demandam poucas adaptações, a partir da assinatura do contrato leva o período de 90 dias para a conversão completa. Já o retorno de investimento pode variar dependendo da quantidade de quartos, estrutura, entre outros fatores.

“No entanto, com os canais de distribuição já funcionando, representando 70% do volume do hotel, 30% são canais diretos Accor (sites, APP, programa de fidelidade, call center e direto hotel), já provendo resultados ao hotel desde o dia um da abertura”, diz o vice-presidente.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Accor