Em projeção realizada pela ABIH-SP (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo), espera-se que hotéis do estado alcancem ocupação entre 45% e 50% em julho. O índice esperado ainda não está próximo aos níveis pré-pandemia, mas representam melhora no mercado.

Em entrevista a Globo News, Fernando Guinato, vice-presidente da ABIH-SP, afirmou que os números positivos são esperados em razão das férias escolares. A reportagem do Hotelier News entrou em contato com Ricardo Roman Jr., presidente da entidade, e Guinato, para confirmar os dados publicados pelo G1, mas não obteve resposta até o momento da publicação.

O aumento nas reservas, portanto, será de 400% frente julho de 2020, quando a maioria da população estava mais reclusa em razão das restrições.

“Antes, a hotelaria da capital era corporativa, com clientes que vinham de fora para eventos. Hoje, como ainda os eventos grandes estão proibidos pelos protocolos sanitários, o hóspede é o próprio paulistano que mora aqui, mas não aguenta ficar mais em casa. Por isso, ele se hospeda na própria cidade, buscando descansar a cabeça. Muitas vezes nem sai do hotel, quer curtir as instalações do estabelecimento”, contou Guinato à emissora.

Isso, na prática, representa que os resultados aos finais de semana deve ser maior que durante a semana, conforme expectativas da ABIH-SP. Além disso, outro fator positivo que o período traz é a retração no número de acomodações sem uso. Em maio, a porcentagem neste grupo foi de 24,52%, menor que em abril (31,8%).

ABH-SP: cases

Na capital paulista, temos dois exemplos que mostram as boas expectativas do trade. O primeiro deles é o Palácio Tangará, que criou até mesmo uma programação específica às crianças. A medida, conforme explicou Celso David do Valle, diretor geral da unidade, tem relação com o aproveitamento total do produto no período. O foco é levar mais pessoas e tornar-se uma opção aos que desejam sair de casa e se divertir em segurança..

Já no caso do Intercity Ibirapuera, segundo Flávia Cavalcanti, gerente geral do hotel, a realidade do empreendimento condiz com a expectativa da entidade hoteleira. “Nossa previsão para o mês é da ocupação chegar em 65%, com misto entre hóspedes corporativos e lazer”, explica. Vale lembrar que a propriedade registrou aumento de 30% no RevPar.

(*) Crédito da foto: Henrique Hanemann/Unsplash