Desde o início da pandemia, a hotelaria mineira vem enfrentando dificuldades com a falta de eventos e público corporativo. Entre as praças mais impactadas do estado está Belo Horizonte, que registrou em março os piores resultados de receita e taxas de ocupação da última década, segundo informado pela ABIH-MG (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais).

O balanço divulgado pela entidade aponta um acúmulo de perdas frutos das medidas restritivas impostas pelo governo do estado. No mês passado, a média de ocupação na capital ficou 27,75%, o pior desempenho mensal dos últimos 10 anos. Em comparação à média de fevereiro deste ano, a queda foi de -17,85%. Já em relação ao mês de março de 2020, houve uma baixa de -27,53%.

“Com o agravamento da crise sanitária que assola o país e o endurecimento das normas de circulação com a Onda Roxa, os hotéis puderam receber apenas um público restrito a mensalistas e profissionais de categoria essenciais, com isso a queda no período já era esperada. Agora o setor precisa de medidas urgentes que garantam a sobrevivência de muitas empresas e evitem o desemprego de mais trabalhadores da classe”, afirma Guilherme Sanson, presidente da ABIH-MG.

Já o RevPar também registrou queda, ficando em R$ 61,18. Essa redução foi de -22,40% na comparação com o mês anterior e de -31,01% no mesmo período do ano passado. “Esses índices reforçam o reflexo negativo da pandemia sobre o setor hoteleiro. Principalmente, em razão da “onda roxa” decretada pelo governo de Minas Gerais, em que medidas mais restritivas para conter o avanço da pandemia de Covid-19 foram adotadas e boa parte dos hotéis da capital tiveram que manter as portas fechadas em março”, finaliza Sanson.

ABIH-MG: flexibilizações

Na semana passada, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou a saída de Belo Horizonte e 70% do estado da onda roxa. Desde sábado (17), a Grande BH e outras localidades retornaram à fase vermelha, menos restritiva que a anterior. Nesta etapa, todos os serviços podem funcionar, incluindo a hotelaria.

Desta forma, as macrorregiões Norte, Sul, Sudeste e Jequitinhonha voltam a funcionar conforme os protocolos da onda vermelha. Entre as microrregiões, estão inclusas Betim, Belo Horizonte, Nova Lima, Caeté, Contagem, Curvelo, Munhuaçu e Vespasiano.

(*) Crédito da capa: Pixabay