Abear - resultados abril 2020Queda nos indicadores de oferta e demanda foi recorde para o mês

Um dos segmentos mais afetados pelos efeitos do coronavírus, a aviação comercial brasileira teve queda recorde de demanda em abril. Frente a igual período de 2019, o indicador cedeu 93,09%, informam dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) compilados pela Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). O desempenho é o pior já registrado em toda série histórica da agência, iniciada em 2000.

Na outra ponta, a oferta de assentos também teve tombo recorde, caindo 91,35% na mesma base de comparação. Já o volume de passageiros transportados em voos nacionais teve retração de 94,55%, para 399.558 pessoas, pior resultado mensal em 20 anos. Por fim, a ocupação média nos voos fechou abril a 65,45%, diminuição de 16,42 pontos percentuais na comparação anual.

Abear: análise 

Março já havia sido difícil. Na ocasião, contudo, a queda foi expressiva, mas um pouco mais contida, sobretudo porque os efeitos na demanda começaram na segunda quinzena do mês. A expectativa é que maio também apresente indicadores muito ruins, mas junho já apresente ligeira reação em função do fim da política de isolamento em alguns estados. Por isso, empresas aéreas já se movimentam para restabelece parte de sua oferta e testar a propensão dos consumidores em viajar de avião.

Em âmbito global, os problemas de demanda são exatamente os mesmo. Neste cenário, a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) divulgou que prevê um risco de 25 milhões de trabalhadores da aviação comercial perderem seus empregos por causa da baixa demanda em viagens.

(*) Crédito da foto: Free-Photos/Pixabay