Segmento afetado diretamente pela crise política e econômica vivida pelo Brasil nos últimos meses, o setor de viagens corporativas apresentou queda no acumulado do ano passado. Segundo números aferidos pela Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas), houve recuo de 6,5% no total de vendas feitas por diferentes nichos envolvidos na cadeia do turismo de negócios. A hotelaria não passou ao largo da tendência e também teve índices pouco expressivos: 12,6% de queda na comparação entre os dois últimos anos. A hotelaria independente foi quem mais sentiu os impactos da temporada.

Dentro do estudo apresentado pela Abracorp, os quesitos que servem de base para a identificação da queda são os de diárias e room nights. De acordo com eles, as reservas de clientes corporativos em hotéis independentes caiu 12,3% de um ano ao outro. Apesar de significar grande impacto, o indicativo não foi o suficiente para tirar os hotéis alheios às redes da liderança no ranking de vendas do ano.

Os independentes são responsáveis por uma fatia maior que 37% na corrida pelos hóspedes que viajam por motivos de trabalho. Nessa lista, a primeira companhia internacional a aparecer é a Accor com 13% de participação. A Atlantica tem 7,9% seguida por BHG (3%), Blue Tree (2,9%), Windsor (2,8%), Intercity (2,4%), Meliá (2%), Bourbon (1,2%) e Transamérica (1,2%). Unidas, outras redes representam 23,4% da clientela.

Outra informação obtida pelo estudo da Abracorp e que vale a pena ser salientada é a manutenção das tarifas entre um ano e outro. De 2015 para 2016, quase não houve aumento no tarifário para hóspedes corporativos em hotéis brasileiros.

O estudo também revela a preferência das empresas brasileiras quando resrevam hotelaria em outros países. Nesse quesito, os independentes seguem como principal força. Accor, IHG e Hilton são as outras bandeiras frequentemente procuradas.

Serviço
abracorp.org.br

* Foto de capa: Pixabay/geralt