Jefferson Memorial em Washington
(foto: pixabay/skeeze)

A empresa Airbnb – plataforma mundial de aluguel de casas e apartamentos por temporada – pode estar prestes a enfrentar uma nova batalha em Washington D.C. no que se refere a possibilidade de regulamentação. Conforme noticiado no portal The Washington Post,  representantes de empreendimentos hoteleiros estão pressionando o Conselho D.C. nas últimas semanas para dar andamento a um projeto de lei que impõe normas rígida à empresa de compartilhamento de casas.

De acordo com os empresários, a maneira com a qual o Airbnb atua atenua a linha que separa o mercado de habitação e a indústria hoteleira. O projeto de lei impediria anfitriões de alugarem várias uniades de uma vez e obrigaria a obtenção de licenças. Além disso, os imóveis teriam que ser submetidos às inspeções da administração municipal.

O conselho ainda não determinou uma data para a audiência sobre o projeto de lei, e não está claro como ele é popular. Apenas um membro do conselho, Vincent B. Orange (D-At Large), assinou um contrato. Mas, conforme noticiado, Airbnb também parece estar preparando uma defesa.

A empresa divulgou nesta semana novos dados que demonstram que em média o anfitrião Airbnb dá para ao Distrito US$ 5,1 mil por ano através do negócio. As informações visam combater as reivindicações de alguns críticos sobre a rentabilidade das transações.

A empresa, ressalta que, de fato, alguns anfitriões "ganham abaixo do rendimento médio", pois a dinâmica é diferente da indústria de hotel – é um serviço construído "do povo, pelo povo e para o povo", afirma Airbnb.

Se aprovada, a regulamentação exige que os anfitriões estejam presentes durante todo o prazo de qualquer aluguel, de modo que eles seriam limitados a alugar uma unidade de cada vez. O projeto também cria uma divisão especial dentro do Departamento do Distrito de Consumidor e Assuntos Regulatórios que iria acompanhar e fiscalizar sites de aluguel de curto prazo da cidade. E permitiria vizinhos, grupos comunitários e outros para processar tais anfitriões sobre violações.

Outro caso
Os Estados Unidos parecem mesmo ser o principal ringue da peleja entre hotéis e Airbnb. No início deste mês, Associação de Hotéis de Nova York revelou alguns números concernentes ao impacto da aceitação da companhia na cidade e alegou sofrer prejuízos com a consolidação da hospedagem alternativa.

Opinião da divisão no Brasil
Em entrevista realizada no último mês, Leonardo Tristão, diretor da corporação no Brasil, reforçou a única intenção da empresa e que vale para as intenções globais: favorecer o viajante e sua vivência. O diretor também sublinhou a intenção real de criar mecanismos reguladores tanto em solo estrangeiro como em território nacional.

"É parte da nossa estratégia ter um dialogo pró-ativo com os poderes Executivo e Legislativo para achar o que faz sentido do ponto de vista da regulamentação. Um modelo de negócios novo muitas vezes demora para ser totalmente compreendido e não faz sentido você, na maioria das vezes, aplicar uma legislação vigente num modelo novo", considera. "Faz sentido pegar os impostos que os hotéis tem e aplicar a um proprietário que aluga sua casa? Quem aluga é pela lei o inquilinato e não por leis do turismo".  

Serviço
www.airbnb.com.br