A contínua tentativa da Ithaca Capital Partners de retirar a marca Trump Hotels da gestão do empreendimento do Panamá, tornou-se conturbada, com alegações de fraco desempenho e falta de base financeira. O grupo de proprietários entrou com pedido de arbitragem de US$ 15 milhões. A Trump Hotels recorreu com um pedido reconvencional de US$ 200 milhões e se negou a entregar os registros financeiros da propriedade. 

A convite da Ithaca, uma equipe da Marriott International chegou a propriedade, mas foi convidada a se retirar pela Trump Hotels. A Marriott, como a maioria das principais empresas internacionais, tem grandes interesse comerciais e políticos. 

Em uma carta aos proprietários, Orestes Fintiklis, investidor que liderou o conselho de administração dos proprietários do hotel acusou a Trump Hotels de má administração, violação de contrato, conversão e violação de obrigações fiduciárias. 

O Trump Hotels acusou Ithaca de enganar seus outros donos de hotéis e de encerrar ilegalmente o contrato do Trump. "Infelizmente, são vocês, os donos da unidade, que serão os únicos a assumir a responsabilidade pelos atos ruins do Sr. Fintiklis", disse Jeff Wagoner, vice-presidente executivo da Trump Hotels.

Início da Ruptura de acordo

A tentativa de remover a marca Trump da gestão começou no último trimestre do ano passado, após a compra de 202 unidades de hotéis realizada pela Ithaca. Em novembro, os proprietários despediram os diretores, abrindo caminho para o término do contrato e o pedido de arbitragem.

A ocupação nos últimos dias – considerada temporada alta – variou entre 26% e 28%, de acordo com números da Trump Hotels.  As taxas de ocupação são baixas o suficiente para que alguns proprietários não recebam renda de suas propriedades e devem tirar de seus próprios bolsos para pagar os custos de manutenção.

Em 2015, em meio aos primeiros meses da campanha presidencial de Trump, aconteceu algo parecido. Os proprietários de apartamentos no mesmo prédio votaram para expulsar a empresa de gestão de Trump sobre questões orçamentárias. Desde então, as finanças globais da propriedade melhoraram. Os déficits anuais, que ultrapassaram US$ 1 milhão, tornaram-se um superávit, de acordo com documentos financeiros fornecidos por um proprietário.

* Fonte: Fortune

**Crédito da foto: Pixabay/quinntheislander