De Las Vegas, Nevada (EUA)*


Diego Filardi, consultor de Desenvolvimento América Latina, Luis Mirabelli, vice-presidente Améria Latina e Caribe, os dois do Wyndham Hotel Group, com Roberto Bertino, presidente, e Ricardo Pompeu, vice-presidente, ambos do Grupo Nobile,
durante a Conferência Global do WHG, nos EUA
(fotos: Peter Kutuchian)

Participando da Conferência Global do Wyndham Hotel Group, que acontece entre hoje (30) e quarta-feira, em Las Vegas, nos EUA, alguns operadores brasileiros e executivos do WHG afirmaram que o hoteleiro independente do Brasil ainda não está preparado para atuar de forma autônoma como franqueado de marcas nacionais e internacionais. 

O WHG conta em seu portfólio com 7.650 hotéis, sendo que apenas 80 destes são operados pela companhia e dois são de sua propriedade. As demais unidades, ou seja, 7.570 são todas franquias das 16 marcas do grupo. “Nosso DNA é ser uma operadora de franquias, porém somos bastante flexíveis nos mercados onde atuamos. No Brasil, por exemplo, preferimos atuar junto com operadores locais como é o caso da Nobile e da Vert”, comentou para o Hôtelier News, Luis Mirabelli, vice-presidente de Desenvolvimento para a América Latina e Caribe.

Para Roberto Bertino, presidente da Nobile, grupo hoteleiro que hoje é o quarto maior operador no mercado brasileiro, com quase 6.000 unidades habitacionais em operação e com mais de 2.600 em desenvolvimento, o mercado hoteleiro independente ainda não está preparado para atuar como franqueado. “O momento da hotelaria no Brasil ainda não está maduro para trabalhar com franquias. O hoteleiro precisa ainda de um direcionamento, de uma gestão intermediária, até poder estar qualificado a operar independentemente uma marca, seja ela nacional ou internacional”, esclarece o executivo.

Erica Drumond, CEO, e Bruno Guimarães, diretor de Marketing e Vendas,
ambos da Vert Hotéis, também participam da Conferência Global

A mesma opinião tem Erica Drumond, CEO da Vert Hotéis, rede que tem contrato de exclusividade com a Wyndham para desenvolver a marca Ramada no Brasil. “Nossa operação não vislumbra atuar com franquias, pois precisamos estar ainda presentes na operação para garantir o Roi (return of investment) para os investidores. Num futuro próximo o mercado brasileiro estará melhor preparado, mas este ainda não é o momento”, diz.

A Wyndham está presente no País com seis das suas marcas: Days Inn, Howard Johnson, Microtel, Ramada, Super 8 e Tryp. A Vert inaugura nos próximos anos, cerca de 30 empreendimentos Ramada, e a Nobile, aproximadamente 12, já possuindo em seu portfólio o Days Inn Taguatinga, no Distrito Federal.

Serviço
2015whgglobalconference.com

* A reportagem do Hôtelier News viaja para os Estados Unidos da América a convite do Wyndham Hotels Group.