Diogo Canteras, da HotelInvest, durante a sua palestra no Encontro Comercial FOHB

O horizonte para investimentos e as perspectivas para o mercado, sempre do ponto de vista da hotelaria, foi o que guiou a fala de Diogo Canteras, da HotelInvest, durante o Encontro Comercial Fohb, que acontece até o final do dia, no Grand Hyatt São Paulo. O palestrante reforçou que qualquer pensamento sobre esse mercado tem que levar em consideração a ligação umbilical que ele tem com a situação econômica do País e apontou um panorama com recuperação lenta e consistente.

Utilizando as conhecidas e emblemáticas capas do The Economist, que mostram o Cristo Redentor como símbolo de uma economia em crescimento e depois desorientada, Canteras revisitou os motivos que causaram a oscilação hoteleira e o que justifica o atual momento de baixa. A base para os apontamentos foram estudos feitos pela consultoria em parceria com a HSV.

"Os últimos anos resultaram em consequências diferentes para o mercado corporativo e para os resorts", antecipou o especialista. Segundo ele, os dois panoramas foram em direções opostas e os empreendimentos de lazer mostraram um caminho profícuo para investidores e hoteleiros.

Já no segmento corporativo, usando São Paulo e Rio de Janeiro como exemplos, Canteras avisou que o segmento luxo foi o principal impactado pelo mau momento econômico. Nesse sentido, as unidades econômicas foram as que sofreram menos com a situação. "Na diária média o impacto é menos forte nos produtos mais baratos", diz.

Mas nem todos os dados apontados são ruins. O palestrante assegura que há uma notícia boa: "A oferta vai ficar estabilizada e isso vai fazer com o que a recuperação aconteça de maneira consistente apesar de lenta".

"A gente precisa ser otimista com fundamento e ser cauteloso para entender como o mercado vai se comportar".

* Crédito da foto na capa: Filip Calixto