Chamado rebrading ou – em bom português – conversão, a troca de marca hoteleira ou adoção de uma bandeira para unidades que até então funcionavam como independentes está na lista de temas espinhosos para os profissionais que transitam nesse ramo. No cenário competitivo da hotelaria feita atualmente, proprietários de empreendimentos questionam a si mesmo se esse movimento pode resolver problemas de rentabilidade e conferir maior eficácia a seu negócio. Contudo, as dúvidas são maiores que as garantias e questões como qual o potencial para aumento de lucro, qual o modelo contratual adequado, além de incertezas sobre honorários e condições insistem em embaçar a visão de quem quer apostar na manobra. Sobre as possibilidades que cercam o assunto, a HotelInvest apresentou um relatório que pode orientar as intenções e esclarecer os curiosos pelo assunto.

Pedro Cypriano, consulting director da HVS para a América do Sul, foi um dos coordenadores do levantamento e, em suma, pondera sobre a particularidade que cada mercado tem e como isso pode influenciar na opção ou não pela conversão e na escolha da marca adequada para o hotel. "O proprietário que gerencia o seu negócio sabe qual resultado financeiro esperar no fim do mês. No entanto, não tem certeza do desempenho que poderia alcançar com uma rede. Para responder a essa dúvida, é essencial estudar o mercado e avaliar o potencial de aumento de rentabilidade com uma marca adequada ao seu produto", pontua.

"Como em todo negócio, é importante a busca por vantagens competitivas para diferenciar-se e aumentar o potencial de lucro, e a conversão é uma alternativa no mercado hoteleiro. Hotéis afiliados a redes têm taxas de ocupação e diárias acima da média do mercado. O aumento de receitas é substancialmente maior que os custos adicionais vinculados a boas marcas hoteleiras", complementa Cypriano.

Segundo o especialista e conforme está relatado no artigo feito pela HotelInvest, as vantagens da conversão podem ser definidas em pontos bem específicos e até pouco questionáveis. São eles: A força da marca e a padronização nos produtos e nos serviços; Os controles de qualidade, cursos e treinamentos estruturados pela rede hoteleira; A inserção comercial mais rápida no mercado e o acesso a sistemas de distribuição globais; A menor dependência de intermediários com altas comissões (como as OTAs) e a maior fluidez nos processos de comércio eletrônico; O ingresso ao suporte da rede hoteleira durante a estruturação e a operação do hotel; A possibilidade de alcance a uma base de clientes mais ampla e aos programas de fidelidade; Admissão aos departamentos de compras compartilhadas e melhor controle dos gastos operacionais; Maior potencial de receita; Chegada a sistemas de TI (tecnologia da informação) bem estruturados; Menor propensão a riscos durante crises econômicas e/ou de mercado; Maior liquidez em caso de venda de ativos e possibilidade à financiamento mais barato.

Para os estabelecimentos que funcionam de maneira independente, o avesso do que é favorável está resumido no fato de ter que fracionar o lucro com a empresa administradora e submeter seu hotel a algumas padronizações que variam de acordo com a política da gestora escolhida.

Fernanda L'Hopital, associate director da HVS para a América do Sul, salienta que a estratégia é uma técnica bem difundida em mercados por todo o mundo. "A força de uma boa cadeia hoteleira pode representar para uma propriedade independente uma diferença em lucro superior a 30%, além de ter um menor risco associado, especialmente em momentos críticos de mercado", arremata.

Para concretizar o movimento de conversão, os proprietários de hotéis podem escolher o que for mais conveniente entre três modelos de negócio possíveis: Gerenciamento, Franquia e Arrendamento. No primeiro deles o proprietário contrata uma rede hoteleira ou uma gestora independente para operar seu hotel em troca do pagamento de honorários. No segundo o proprietário paga honorários à rede hoteleira pelo direito de uso da marca e acesso aos seus canais de distribuição, suporte técnico e estratégico para administrar o hotel. E no modelo de arrendamento existe um contrato de locação entre uma rede hoteleira ou gestora independente e o proprietário de um hotel.

Pelos três caminhos há limitações e vantagens. Em acordos de gerenciamento os contratantes podem até não ter experiência no segmento mas assume os riscos trabalhistas financeiros e legais do negócio. Na modalidade franquia estão as menores taxas cobradas por redes hoteleiras pela marca mas é necessário assumir a gestão ou contratar um operador (terceiro) independente. No arrendamento, geralmente, a rede contratada assume os riscos trabalhistas e legais do negócio, além dos gastos do hotel; o ponto que pode ser negativo é que se tem menor controle sobre as decisões e as redes constumam apostar menos nesse modelo.

Todas essa impressões, opiniões e detalhamentos estão disponíveis no estudo Conversões de Hotéis: Qual modelo é o mais adequado a sua propriedade?, disponibilizada pela HotelInvest no seguinte link: https://hotelinvest.com.br/artigos/conversoes-de-hoteis-qual-modelo-o-mais-adequado-sua-propriedade.

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