A FeBHA (Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação) enviou ontem (13), em nome de seu presidente, Silvio Pessoa, uma carta ao governador da Bahia, Rui Costa, manifestando sua opinião sobre a retirada das barracas de praia da Orla de Porto Seguro no Sul do Estado.

Confira baixo, na íntegra, o comunicado:

"Senhor Governador,

A FeBHA – Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação, vem neste momento solidarizar–se com os empresários do turismo de Porto Seguro, pois sabemos que as demolições das barracas de praia, trará a curto prazo um prejuízo enorme aos trabalhadores e turistas em geral, pois a “alma do Turismo de Porto Seguro, são as barracas com pé na areia e serviços de praia”. Porto Seguro é o terceiro maior polo hoteleiro do país com 46 mil leitos, e os turistas que lá frequentam procuram justamente este lazer.

Terreno de Marinha é coisa do tempo do Império, tem que acabar, a sociedade precisa se mobilizar para isso, os nossos políticos precisam se movimentar no congresso nacional para estancar esse atraso, onde a União desfruta e não devolve nada, quem cuida da cidade é a Prefeitura, mas pela Lei não tem competência em terreno de marinha e nas areias das praias. Sobra o ônus de cuidar e conservar, para a união arrecadar e dar ordens através dos seus representantes. (Estanislau Bresolin – Presidente da Fhoresc). Sabemos que essa legislação antiquada eram da época das caravelas e os canhões que protegiam as cidades.

Em Salvador, as demolições das barracas na orla, geraram grandes perdas para o turismo, trabalhadores e empresários, comprometendo portanto, o retorno dos turistas e visitantes  que curtiam as barracas e suas festas. Os destinos turísticos consolidados mundialmente tem restaurantes e bares a beira mar, respeitando é claro as condições sanitárias.

Estamos vivendo um momento em que o desemprego atinge 20%  da população ativa e que a vinda de turistas está em queda, fazendo com que as taxas de ocupação hoteleira despenquem, dificultando a manutenção do emprego. Neste momento, uma ação desastrada como esta, em muito irá aumentar estes índices negativos.

Precisamos que as autoridades de Porto Seguro se unam ao Governo do Estado e busquem junto aos Órgãos competentes, uma solução para este caso, visto que é um destino do turismo brasileiro e baiano com grande representatividade e que este fato será negativo nas mídias, contribuindo para um enorme prejuízo para os empresários, trabalhadores e para o turismo baiano como um todo.

A FeBHA – Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação, entende que precisamos unir forças juntamente com os empresários e cidadãos de Porto Seguro.

Atenciosamente,
 
Silvio Pessoa
Presidente da FEBHA"

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