O Departamento de Estado norte-americano dos Estados Unidos está advertindo os seus cidadãos para não visitarem Cuba e que também está planejando retirar parte da equipe de sua embaixada em Havana, perdendo cerca de 60% de seus colaboradores e ainda deixará de processar vistos em Cuba por tempo indefinido.

A decisão foi tomada após o que o New York Times chama de "ataques misteriosos" sônicos, que feriram 21 pessoas associadas à embaixada ao longo de quase um ano. De acordo com a Associação Americana de Serviço Exterior, os sintomas entre os afetados incluíram lesão cerebral traumática leve, perda auditiva permanente, perda de equilíbrio, dores de cabeça severas e inchaço do cérebro. Alguns dos ataques ocorreram em hotéis cubanos.

Essa decisão não significa necessariamente que a embaixada vai fechar, oferecendo ainda esperança para os passageiros dos EUA para Cuba e para as empresas norte-americanas que procuram négocios por lá, indo contra a ameaça de cancelamento de acordo afirmado por Trump. A administração do atual presidente já inverteu partes cruciais do que ele mesmo chamou de "acordo terrível e equivocado" com Cuba.

A embaixada reabriu em 2015 após mais de 50 anos sem relações diplomáticas entre os dois países. À medida que os relacionamento foram se estreitando, ainda sob a presidência de Barack Obama, as viagens dos EUA para Cuba aumentaram. A Marriott abriu o primeiro hotel da marca dos EUA no país. Outras empresas internacionais seguiram o exemplo, e até as eleições de novembro, as relações comerciais entre os dois países cresceram consistentemente.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex W. Tillerson, teria considerado fechar a embaixada, mas manteve-a aberta devido à crescente crença entre as autoridades americanas de que o governo cubano provavelmente não era responsável pelos ataques. Fontes alegaram que as autoridades locais estão "chateadas" pelas doenças e ajudaram a encontrar uma causa. O FBI esteve envolvido na investigação.

*Créditos da Foto: Desmond Boylan/Associated Press