(foto: arquivo HN/Juliana Bellegard)

Com o fim da participação de Porto Alegre na Copa do Mundo – a partida entre Alemanha e Argélia de ontem (30) foi a última na cidade -, o Sindipoa (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similiares) divulgou um balanço dos impactos do campeonato do mercado hoteleiro local. Segundo a entidade, o balanço dos empresários do setor é de que as vendas durante o Mundial poderiam ter sido melhores.

A média da ocupação da rede hoteleira da Capital durante os dez primeiros dias de evento na cidade foi de 70% – resultado considerado "bom", segundo explica o presidente da entidade, Carlos Henrique Schmidt. “Tínhamos expectativas de que as lotações fossem mais homogêneas, com ocupações mais altas durante todo o período", diz.

O primeiro jogo realizado na capital gaúcha – França X Honduras – gerou uma ocupação média de 80%, e o aumento das diárias em relação aos 12 primeiros dias do mês foi de 70%. Outra data de destaque foi a disputa entre Holanda e Austrália, quando os índices foram de 95% de ocupação e outros 95% de aumento nas tarifas. 

Manuel Suarez, proprietário da Rede Suarez, que tem 13 hotéis espalhados em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Campo Bom, afirma ter registrado 100% de ocupação em alguns jogos, mas faz críticas à Fifa. A federação devolveu 90% das reservas solicitadas na rede – caso as devoluções tivesse sido feitas antes, Suarez estima que outras vendas teriam ocorrido. 

“Recusamos muita coisa devido ao contrato, que não tinha regras muito claras, no meu entender. Criamos uma grande expectativa, mas o desenrolar foi diferente e nos pegou de surpresa”, admite o proprietário. Mesmo antes do início do mundial, as devoluções já haviam surpreendido hoteleiros e gerado críticas por parte da ABIH-RS (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Sul) e também da ABIH-RN (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte).

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