Patrick Mendes, CEO da companhia para a América do Sul, tem a missão de fazer a empresa chegar a 500 unidades na região
(foto: Filip Calixto)

Segundo mercado mundial em termos de desenvolvimento dentro da rede, o Brasil está para os negócios da AccorHotels na América do Sul como uma âncora para um barco que começa seu movimento na intenção de aportar em terra. São quase 40 anos presente no País e 252, dos 289 hotéis do continente, estão aqui. Diante desses números, faz sentido que o mercado brasileiro determine o ritmo e até o rendimento da companhia na região, tanto para o bem quanto para o mal. Mas em 2016 não foi bem assim. Vivendo momentos de turbulência do ponto de vista político e econômico, o mercado nacional teve retração em vendas de 2,4% frente ao ano anterior, com queda acentuada no quarto trimestre (14,7%), afetando assim os números gerais na região. Entretanto, apesar do decréscimo em sua praça mais importante, a continente sul-americano fechou a temporada com crescimento de 9,8%, graças ao ano formidável em nações vizinhas, sobretudo em Peru, Chile e Colômbia.

No que diz respeito às receitas, a região nas Américas teve alta de 4,7%. Acima do resultado global da organização, que foi de 2,2% (US$ 5,9 milhões) – sempre numa comparação feita entre os dois últimos anos. O lucro líquido atingiu US$ 279,4 milhões, 8,1% acima do verificado em 2015.

"Foi um ano altamente desafiador. Mundialmente falando, por conta dos atentados e acidentes em diversos países, e especificamentve no Brasil, em virtude da situação política", contextualiza Patrick Mendes, CEO da corporação para o mercado da parte Sul da América. "Ainda assim superamos o previsto", emenda fazendo menção aos resultados financeiros obtidos tanto em nível continental como em global. 

Observando em específico a região sul-americana e os países com desempenho especialmente forte no ano passado, o líder da empresa faz uma ressalva que ajuda a entender os resultados. "Assumi a região com uma missão importante dada por Paris [onde fica a sede da corporação]. Preciso fazer com que a rede cresça no continente como um todo e não apenas no Brasil, que foi onde concentramos mais esforços nos últimos anos". O planejamento coincide com o trabalho desenvolvido nos vizinhos. Na Colômbia, são sete hotéis funcionando e outros dez em desenvolvimento. No Chile atualmente estão em operação oito unidades e outras 14 estão em fase de implantação. No Peru há cinco empreendimentos e 11 em fase de construção. 

No Brasil, a frase que "resume a ópera" é de conhecimento popular: dos males o menor. Na projeção que a empresa havia feito para o ano, as quedas eram mais acentuadas, o que não ocorreu por conta da surpreendente performance na época da Olimpíada e um forte último trimestre. "Foi um resultado inesperado. Principalmente se levarmos em conta que a hotelaria de rede, de maneira geral, não foi bem no ano. O próprio Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) mostrou que houve queda nos índices de venda e ocupação. Conseguimos ter uma queda baixa por ter estrutura, capilaridade e tamanho. Além disso temos uma boa presença de clientes do plano de fidelidade, que tem descontos e facilidades em hospedagem. Cerca de 40% dos hóspedes que ficam em hotel Accor são vinculados eo LeClub", justifica o CEO.

Desenvolvimento e perpectivas para 2017
Este ano deve ser crucial para o planejamento da rede ter 500 unidades na América do Sul até 2020. A lista com propriedades que já encontram-se em desenvolvimento conta com 173 que somados aos que já estão em operação chegam a 462, bem próximo da meta estipulada. 

Para alcançar o alvo a companhia lançou mão de duas marcas que ainda não estavam presentes no Brasil – Mama Shelter e MGallery – e resgatou Abel Castro, vice-presidente sênior de Desenvolvimento Americas e Caribe, que volta a atuar na America do Sul em julho e tem trabalho enfatisado nesse projeto. 

"Nossa expectativa para este ano é abrir cerca de 40 hotéis na América do Sul, o que permite manter o ritmo de crescimento da empresa. É assim que conseguimos nos superar diante da concorrência, com qualidade no serviço prestado e inovações, que garantem mais agilidade e autonomia à hospedagem", completa Mendes.

Serviço
accorhotels.com