Christopher Nassetta, CEO da Hilton, segunda maior companhia hoteleira nos Estados Unidos, atrás da Marriott International, declarou que as políticas econômicas da administração de Trump devem compensar o início conturbado de sua gestão, marcado pelas restrições de viajantes. Na mesma ocasião, Nassetta deixou claro que o foco das campanhas da companhia estão no aumento de reservas diretas, tirando o cliente da dependência das OTA´s e de outros intermediários. O CEO não mencionou o nome de Donald Trump durante a reunião.

As observações de Nassetta foram feitas na semana passada em reunião com analistas. O executivo apontou a reforma fiscal e os novos requisitos anunciados pelo presidente, além do contínuo fortalecimento do dólar como as principais razões pelas quais as viagens de negócios devem compensar uma possível queda na entrada de turistas e visitantes no país. Na verdade, para o CEO, a queda na entrada de viajantes internacionais se deve mais ao dólar do que a qualquer política recém anunciada.

Com as declarações, Nassetta contradiz a GBTA (Global Business Travel Association), que também na semana passada, divulgou uma estimativa em que aponta que US$ 185 milhões em reservas de viagens de negócios teriam sido perdidas por consequência da proibição imposta pelo presidente Trump, na qual cidadãos de sete países predominantemente muçulmanos estariam impedidos de entrar nos Estados Unidos. A decisão foi anulada pelos tribunais no final da mesma semana, embora continue tramitando por meio de processo legal. A GBTA também informou que as transações em viagens de negócios cairam 8% entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017.

A companhia, que no ano passado lançou a campanha "Stop Clicking Around", voltada para o incentivo às reservas diretas, com foco em seus clientes fidelidade, declarou que a campanha tem atingido as expectativas, aumentando a filiação de hóspedes no programa de fidelidade ao mesmo tempo em que reduz as reservas feitas por intermediários. Os hóspedes membros do programa de fidelidade foram responsáveis por 56% da ocupação da companhia no ano passado, um aumento de 52% se comparado ao ano anterior, 2015. 

Serviço
hiltonworldwide.com

* Crédito da foto: Pixabay/quinntheislander