A atividade do Airbnb na cidade do Rio de Janeiro em 2016 respondeu por R$ 956 milhões do PIB (Produto Interno Bruto) do município, segundo estudo da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) sobre impacto socioeconômico local da plataforma. Esse valor equivale a 29,5 mil novos empregos na cidade.

A pesquisa leva em conta o incremento da renda das famílias que alugaram seus quartos ou imóveis pela ferramenta e todos os efeitos diretos, indiretos e induzidos na economia da cidade. Para o cálculo do número de empregos é considerado o salário médio de um trabalhador em cada setor da economia afetado no Rio.

A pesquisa trouxe ainda outros dados interessantes: a cada R$ 1 gasto com aluguel de quartos e imóveis do Airbnb no Rio acrescentou R$3,05 ao PIB da cidade no ano passado e que os principais setores beneficiados pela plataforma foram alimentação, comércio varejista, atividades artísticas, criativas e de espetáculos e o setor de transportes.

Segundo apontamento da Fipe, os viajantes do Airbnb contribuíram com R$ 100 milhões a mais no PIB do Rio de Janeiro do que se tivessem se hospedado em hotéis, flats, resorts ou pousadas da cidade. Para os pesquisadores, esses dados refletem o perfil de consumidores desse tipo de oferta, mostrando que esses são o tipo de viajante que movimentam o comércio e estabelecimentos próximos aos lugares onde estão hospedados.

De caráter inédito, o estudo da Fipe analisa o impacto socioeconômico do Airbnb no Brasil, com base em dados da empresa sobre as operações no País, levantamentos anteriores do instituto sobre o turismo brasileiro e números de associações que trabalham diretamente com índices do País.

Presente em 191 países, em mais de 65 mil cidades, o Airbnb reforçou que é viabilizador de uma atividade legal regulamentada pela Lei do Inquilinato, que dispõe sobre aluguel de temporada. 

Detalhes da pesquisa

Para o levantamento, a Fipe criou uma metodologia própria para isolar a atuação do Airbnb e seus efeitos sobre a economia brasileira a partir de uma análise de insumo-produto, uma técnica que procura mapear a economia nacional como uma série de setores e regiões interligados, estimando os efeitos diretos, indiretos e induzidos nas cadeias produtivas em todos os setores da economia. As principais fontes de dados utilizadas foram Airbnb, Fipe, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Nereus-UPS (Núcleo de Economia Regional e Urbana da USP). Há dados agregados para o Brasil e cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis.

* Crédito da foto: Pixabay/pauloduarte