Ana Luiza Masagão, diretora de Marketing e Vendas do Grupo Royal Palm Hotéis & Resorts

Em um ano marcado pela retenção de custos por parte das empresas, sentida principalmente pelos hotéis com forte participação no segmento de eventos, o Grupo Royal Palm Hotéis & Resorts celebra a façanha de manter o desempenho do setor semelhante ao obtido em 2016.

Para Ana Luiza Masagão, diretora de Marketing e Vendas da companhia, 2017 foi um ano positivo, com ressalva apenas para uma sensível queda no produto resort em comparação com o ano anterior. "Tivemos um ano muito bom para os eventos, mesmo com toda a incerteza econômica e retenção de custos das empresas que incluiu a suspensão da realização de eventos e viagens. No mês de setembro, notamos um ótimo incremento da demanda para 2018 maior do que o do ano passado em relação a 2017", afirma a executiva em entrevista ao Hôtelier News.

"O lazer continua aquecido. Em 2017 desenvolvemos mais este lado, distribuindo de forma diferente e com ações específicas. Equilibramos. O corporativo teve uma queda mitigada pelos eventos que continuaram. É preciso ressaltar que Campinas teve um aumento da oferta sem aumento de demanda", complementa a diretora.

Na projeção para o ano que se aproxima, Ana demonstra otimismo: "Já temos os meses de janeiro e fevereiro com números positivos nos segmentos de lazer e eventos. Enquanto em 2017, percebemos uma queda da receita média de eventos, acreditamos que em 2018, voltaremos a receber eventos de grande porte, robustos em receita. Também é importante frisar que o comportamento do consumidor está cada vez mais imediato, com as pessoas comprando em cima da hora. A poucos dias da virada do ano, ainda estamos comercializando o réveillon", afirma.

Para a diretora, em 2018 o mercado deve se recuperar do período conturbado vivenciado nos últimos anos. "Vamos ter um ano atípico com Copa do Mundo e eleições. Acredito na recuperação do mercado que coincide com a abertura do Ballroom do Royal Palm Hall. Incertezas políticas não impactarão tanto a economia, na minha opinião. Acho que foi um ciclo e chegamos em um momento no qual as políticas adotadas estão fazendo as empresas se movimentarem, respirarem novamente. O lazer doméstico deve sentir um pouco pois acredito no aquecimento do turismo internacional. Vemos o corporativo e os eventos fortalecidos, com aumento de ocupação e mantenimento da diária média na medida do possível. Também enxergamos a força do lazer, mais teremos que trabalhar melhor a distribuição e as estratégias, por conta do que já mencionei sobre o turismo internacional. Vamos focar no nicho de 'escape weekend' e feriados", finaliza.

* Crédito da foto: Filip Calixto/Arquivo/HN